Educar: a questão do limite
Muitos professores reclamam que os alunos de hoje não têm limite. Estão certos em dizer, mas na maioria das vezes, na hora de fazer o certo na escola, não fazem. Não estou dizendo com isso que a culpa seja dos docentes, até porque os problemas educacionais vão além da sala de aula, embora grande parte das vezes tudo pudesse ser amenizado na própria sala. O docente que conquista o aluno, tem muito mais 'lugar' na vida do aluno, do que se pensa.
As pessoas não nasceram pra dá problema. Indisciplina é muito mais um aluno dizendo que vai enfrentar todos, do que propriamente um problema psicológico. E a maneira de resolver grande parte desses problemas está na forma como a escola é administrada. Por exemplo: como uma escola que não consegue reprovar um aluno, vai poder lhe cobrar 'limite'? Acho que realmente estamos nos fins dos tempos, só pode! É impossível se cobrar limite, se impor regras, se 'lá de cima' já está tudo estabelecido. O aluno jamais será ético, se a noção de justiça na escola não existe. O pai que não tem autoridade sobre o filho, jamais vai poder lhe cobrar algo. Por isso, é tão comum problemas de um filho para com o padrasto. Não é a mesma coisa e nunca será. O lugar do padrasto é outro, e não tem a mesma autoridade e nunca será igual. Da mesma forma a escola. Primeiro que é um engano alguns professores acharem que tem a mesma autoridade com os alunos, igual seus pais teriam. Jamais! Os alunos, na verdade, se não tiverem preocupados com os pais, não nem aí para os professores! Só que os professores, muitas vezes não sabem disso! Ficam acreditando em milagres! Ora, é óbvio que o limite deve ser imposto pela escola. E o primeiro passo, chama-se: reprovação e expulsão. A escola que não tem autoridade para expulsar o aluno, está fadada ao fracasso. Por quê? Simples: o aluno vai para a escola apenas por conveniência e não por obrigação. Porque, embora o prazer de estudar seja importante, a obrigação também é, pois todos são menores de idade, e antes de aprender porque querem, precisam aprender porque são obrigados. E, vai um aviso para os intelectuais e as feministas de plantão: isso não tem nada a ver com ditadura, menos ainda com patriarcalismo. Isso, na verdade, se chama: respeito.
Quem respeita uma criança não permita que ela faça qualquer coisa. Os advogados do governo, deveriam saber disso!