José joão Bosco Pereira em Publicações: Mestrado e trabalho acadêmico em Universidades nacionais em site de universidades
Tipo Descrição Ano - 2013
Artigos PEREIRA, Jose João Bosco. O VESTIGIO DA PARÁBOLA EM HISTÓRIA DE MÃE EM SEBASTIÃO MILAGRE E SCLYAR. Assis, SP: EDUNESP, 2010 (ACADÊMICA). PEREIRA, Jose João Bosco. A MODERNIDADE EM SEBASTIÃO BEMFICA MILAGRE: MEMÓRIA E IDENTIDADE CULTURAL E COLETIVA. Maringá, PR: Gráfica/internet: UEM , 2010 (ACADÊMICA). PEREIRA, Jose João Bosco. DIÁLOGO INTERTEXTUAL DA PULSÃO LÍRICA EM SEBASTIÃO BEMFICA MILAGRE E EDGAR ALLAN POE. SÃO JOÃO DEL-REI, MG: RESUMO NA INTERNET, 2010 (ACADÊMICA). PEREIRA, José João 2010
Comunicações (incluindo congresso) PEREIRA, Jose João Bosco. SEBASTIÃO BEMFICA. In: JORNAL AGORA, DIVINÓPOLIS, MG, p. 2, 25 mar. 2008. 2008
Livros LIVRO PUBLICADO, CITADO EM OBRAS OU EDIÇÕES DE OUTREM PEREIRA, José João Bosco. Ao poeta Sebastião Bemfica. In: Jornal Agora. Divinópolis: Editorial-Opinião. 23 de set. 2004. p. 02. PEREIRA, José João Bosco. Momentos Poéticos. Editora Sefor, Divinópolis, 2006, 64 p. PEREIRA, José João Bosco. Revisitando a Poética de Sebastião Milagre! In: SILVA, FAGUNDES, José Lindolfo. LINTeratura: revista de língua e literatura, 2007, ano IV, nº 14, p. 5, (citou o meu soneto O LIVRO). SILVA, Mercemiro 2009
Outros ATIVIDADES DIVERSAS: CURSOS, EVENTOS E OUTRAS PARTICIPAÇÕES 23 a 27 de agosto de 2010: Comunicação Diálogo intertextual entre a pulsão lírica de Edgar Allan Poe e Sebastião Bemfica Milagre, sob orientação da Profª Drª Maria Ângela de Araújo Resende, e participação no III Congresso de Letras, Artes e Cultura da UFSJ, Universidade Federal de São João Del-Rei. 26 a 30 de julho de 2010: Oficina Crítica Literária (carga horária: 40 horas) no 23ª. Inverno Cultural da UFSJ, ministrado pelo Doutor 2010
Comunicações (incluindo congresso) 2013 – Bingo dos Alimentos – em cartilhas colorizadas de PVC - à luz da nutrição aplicada à educação infantil, aplicação de técnicas de Nutrição e Dietética do Etec Fernando F. da Costa, Piracicaba, SP: idealização, sugestão e revisão. maio /2013 - Certificado de Encontro de professores pela Editora Saraiva, São Paulo. 16 a 19 de maio/ 2012 - Certificado da Futuro Eventos, chancelaria UNIABREU, 19ª EDUCAR/ EDUCADOR: Feira Internacional de Educação, Congresso Internacional de Educação, 8º E 2013
Outros PEREIRA, José João Bosco. Telhado de vidro, poema. In: RAMOS, Isaac Almeida (Org.) Poesia livre - Antologia Poética: Concurso Nacional Novos poetas. Vivar Paraíba, Editora Nacional, 2013, p. 164-5. maio /2013 - Certificado de Encontro de Formação Didático-pedagógica aos professores pela Editora Saraiva, São Paulo. Certificado de palestra “O professor como mediador do desenvolvimento humano”, ministrada por Antônio Paulo Estevan, no dia 15 de fevereiro de 2013. Carga horária: 2 horas. L 2013
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Mestre em Teoria da Literatura e Crítica da Cultura pela UFSJ (2011)
SEBASTIÃO BEMFICA MILAGRE: UM LÍRICO DA ... - UFSJ
JOSE JOÃO BOSCO PEREIRA. Sebastião Bem fica Milagre: Um lírico da
modernidade em Divinópolis. Dissertação nº 72, de Mestrado da UFSJ:
http://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/mestletras/A_DISSERTACAO_de_JOSE_JOAO_BOSCO_PEREIRA.pdf - última atualização em 25/09/12, às 10:49:10.
JOSÉ J. B. PEREIRA FEZ O LATO SENSU - UFLA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS), EM EDUCAÇÃO ESPECIAL. HTTP://WWW.UNIVERSIABRASIL.NET/MATERIA.JSP?MATERIA=2198
16 de junho de 2010: Comunicação Modernidade na poética de Sebastião Bemfica Milagre: Memória e identidade, sob orientação da Profª Drª Maria Ângela de Araújo Resende, e participação I Cielli Internacional e III Ciello Nacional na Universidade Estadual de Maringá, Paraná.
www.uem.brMaringá,Paraná: Sebastião Bemfica Milagre: a modernidade tardia em Divinópolis.
HTTP ̸ ̸sgcd.assis.unesp.br̸ Home̸PosGraduaçao̸Letras̸SEL̸anais_2010̸josejoao.pdf e www.uem.br (Maringá, Paraná)
09 de novembro de 2010, comunicação em Assis, UNESP, SP: Vestígios da Parábola nas Histórias de Mãe em Sebastião Bemfica Milagre (1963) e Moacyr Scliar (2006) sob orientação da Profª Drª Maria Ângela de Araújo Resende. Ver revista da Universidade de Goiás.
Vestígio da parábola nas histórias de mãe... em Assis, SP, nov. 2010; TTP ̸ ̸sgcd.assis.unesp.br̸ ome̸PosGraduaçao̸Letras̸SEL̸anais_2010̸josejoao.pdf
Publicação virtual: Dialogo intertextual entre a pulsão lírica de Edgar Allan Poe e de Sebastião Bemfica Milagre, na Revista GLÁUKS, da Universidade Federal de Viçosa: glauks@ufv.br ou http://www.cielli.com.br/downloads/176.pdf
Gláuks – Revista de Letras e Artes de Viçosa, MG, ISSN - 1415-9015, VOL.11 N.2 - JUL/DEZ 2011, Edição atual: Vol.12 N.1 - JAN/JUN 2012, Gláuks v. 11 n. 2 (2011), p. 269-288.
Diálogo Intertextual entre a Pulsão Lírica de Edgar Allan Poe e Sebastião Bemfica Milagre
Autor: José João B. Pereira e Maria Ângela de A. Resende
http://www.revistaglauks.ufv.br/edicao/11/Vol11-N2--JULDEZ-2011, acesso em 22/11/12, às 21:01.
Autor: José João B. Pereira e Maria Ângela de A. Resende
http://www.revistaglauks.ufv.br/artigo/171
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INTERTEXTUAL DIALOGUE BETWEEN LYRIC PULSION BETWEEN
EDGAR ALLAN POE AND SEBASTIÃO BEMFICA MILAGRE
José João Bosco Pereira
Maria Ângela de Araújo Resende
RESUMO: O presente trabalho propõe uma leitura intertextual de “The Raven” e “Annabel Lee”, de Edgar A. Poe (1845 e 1849), e Gritos, obra poética de Sebastião Bemfica Milagre (1972). A análise está centralizada na concepção de pulsão em Freud como o instinto de morte e libido. Os poetas estão distantes no tempo e no espaço. A produção de Poe marcou o fim do século XIX e a de Milagre, o fim do século XX. Essa problematização aparece como uma ruptura (vida/morte) no tema da amada. No contexto da poética moderna, ambos se valem de experiências líricas e experimentações na e pela linguagem. Esse formato não esgota a possibilidade de contextualizações temporal e espacial. Assim, a pulsão é projetada na literatura universal e local, que abrange os modos de imaginação. Eros e Thanatos estabelecem os pontos de aproximação e de distância entre os modos de representação da morte. Ao distinguir esses pontos, a literatura é concebida de diferentes culturas.
PALAVRAS-CHAVE: Poética da modernidade. Lirismo. Tradição. Pulsão.
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DO PSEUDÔNIMO AO ORIENTALISMO: UM ROTEIRO REPRESENTATIVO NAS NARRATIVAS DE MALBA TAHAN
FROM HETERONYM AND PSEUDONYM FOR ORIENTALISM: A ROADMAP OF REPRESENTATIVE IN FANTASTIC NARRATIVES MALBA TAHAN
Artigo para a RevLet - Revista Virtual de Letras,
Universidade Federal de Goiás – Brasil
José João Bosco Pereira – mestre pela UFSJ
Orientadora: Profª Drª Maria Ângela de Araújo Resende - UFSJ
Resumo
O presente artigo propõe discutir algumas questões relativas ao pseudônimo Malba Tahan criado por Júlio César de Mello e Souza (1895-1974) em suas obras desde a mais conhecida O homem que calculava (1997), sucesso editorial entre 1960 a 1997. De que modo o pseudônimo interage na projeção editorial e na apropriação e recepção dos elementos do realismo fantástico em sua escritura? O universo recheado de histórias à moda oriental domina as narrativas construídas pelo autor. O recurso editorial tem sua justificação na recepção do público-ledor. Como entender a articulação do imaginário estético e as versões apropriadas do Oriente árabe, judeu e mulçumano com mitos, lendas e outras micronarrativas em Malba Tahan porta-voz de um orientalismo engendrado no Ocidente? De que modo ambos dialogam ou escondem o paradoxos seculares de conflitos culturais? Para responder tais questionamentos, partir-se-á de conceitos em Benedict Anderson (2008), Edward Said (1978), Homi Bhabha (1998), dentre outros, que discutiram as formas de apropriação imagética do Oriente exótico. Deste modo, a escritura de Júlio Sousa é marcada pela ambiguidade do autor e sua heteronímia como forma de metaforizar o real, simbólica, política, militar e culturamente.
Palavras-Chave: heteronímia, hibridismo cultural, orientalismo, realismo fantástico.
FROM HETERONYM AND PSEUDONYM FOR ORIENTALISM: A ROADMAP OF REPRESENTATIVE IN FANTASTIC NARRATIVES MALBA TAHAN
Abstract
This research aims to discuss some issues pseudonym Malba Tahan created by Júlio César de Mello e Souza (1895-1974) in his books since the best known The Man who calculated (1997), publishing success between 1960 and 1997. How the pseudonym interacts editorial in the projection and the appropriation and reception of elements of magic realism in his writing? The universe filled with stories stylish oriental dominates the narratives constructed by the author. The editorial feature has its justification in the public reception- reader. How to understand the linkage between the imaginary aesthetic and the appropriate versions of the Arab East, with Jewish and Muslim myths, legends and other micronarratives in Malba Tahan spokesman engendered a Orientalism in the West? How dialogue both secular or hide the paradoxes of cultural conflicts? To answer such questions, as will the concepts in Benedict Anderson (2008), Edward Said (1978), Homi Bhabha (1998), and other theorists, who discussed ways of appropriating imagery of the exotic East. In short, the writing of Julius Sousa is marked by ambiguity of the author and his heteronomy as a way of metamorphosing the real, symbolic, politically, militarily and culturally.
Keywords: heteronomy, cultural hybridity, orientalism, fantastic realism.
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Obras e artigos on-line em RECANTO DAS LETRAS, portal virtual de escritores no Google. São 159 textos publicados; Total de leituras: 4820 em 19/08/2012.
RELAÇÃO DE TÍTULOS E CERTIFICADOS em 07/09/12:
1. Apostila de Comunicação e expressão. UNA/HB, Coautoria Luiz A. Ribeiro, 07/05/2002;
2. Correção e introdução de José João Bosco Pereira em QUADROS, Maria de Fátima Batista. Depressão outonal à luz da psicologia moderna em idosos e crianças. Divinópolis: Editora São Paulo, 2009. (tese de doutorado, no prelo). Lançamento na Biblioteca Pública Ataliba Lago, de Divinópolis.
3. Publicação de crônica Sebastião Pereira: o camponês que virou odontólogo. In: SILVA, Mercemiro Oliveira. Anthocrônica II - antologia de crônicas da ADL, 2009, p. 29;
4. Publicação de artigo Revisitando a Poética de Sebastião Milagre! In: SILVA, Mercemiro Oliveira. Antologia ADL 2009, p. 94-96
5. Correção/sugestões e prefácio de Espelho da alma, Maria Simone A. Xavier, 2008, p. 118.
6. Correção/sugestões e prefácio de Construindo corações, de M.S. A. Xavier, 2009, 89 p.
7. Declaração de membro efetivo e diretor administrativo da Confraria cultural Brasil-Portugal em abril de 2009;
8. Certificado da Escola de Pais do Brasil em Piracicaba, em agosto de 2012;
9. Certificado da 19ª Educar - Futuro Eventos, São Paulo, em maio de 2012;
10. Certificado-congresso educação inclusiva da Didática Consultoria e Eventos, agos. 1011;
11. Declaração de Viagem Literária em São Pedro, em junho de 2011;
12. Declaração Modernidade e cinema na UFSJ em out. de 2009;
13. Declaração A crítica cultural em ritmo latino na UFSJ em agosto de 2009;
14. Certificado Encontro do sistema de Bibliotecas Públicas municipais de MG, set./2007.
AS DIMENSÕES DO AMOR
Por J B Pereira
Tendo ouvido a fala de Ivan R. Capelatto, psicólogo e psicoterapeuta, na Escola de Pais do Brasil no contexto do XVII Seminário regional centrado na Afetividade como base da saúde mental e A Família administrando seus desafios, como tema, em Piracicaba, no dia 23 de agosto de 2012, percebeu-se o valor do afeto à luz da neurobiologia da emoção.
Capelatto, que apresenta o Café filosófico na TVCultura, abordou interessantes estudos e reflexões sobre a questão da perda, da ansiedade e do medo, em suma, situações ligadas à educação na sua Palestra intitulada Pais, “a família” e a equação da afetividade, à luz de Freud, Gazaniga (2004), Mol, Dr. Lente, Pitágoras, J. Krishnamurti, Lacan (1970), dentre outros.
Chamou-me a atenção o fato de que o medo vem movendo a humanidade por séculos com a condição de que a vida humana exige cuidado, afeto, dedicação e investimento afetivo ou libidinal. Amamos quando tememos perder alguém. O medo tem um propósito sadio dentro de certas condições existenciais e educacionais.
A falta de investimento no outro implica sua anulação e negação, o que representa deixá-lo à margem de nossos cuidados e atenção.
É preocupando o status em que nos vimos quando a taxa de suicídios aumentou em torno de 45 por dia; quando a atual geração tem baixa resistência à frustração ao não; quando a violência está no transito de nossas cidades e quando a infância e adolescência estão sendo deslocadas à cuidados na escola e a família não consegue dar conta de seus filhos...
Merece igualmente nossa compaixão tanto as crianças e os adolescentes de classe AA (ricos) como Z (camadas pobres) à medida que os sintomas são sintomáticos e gritantes: a carência de cuidados mínimos, a falta de limites, a formação de gangues, a indiferenças de pais.
Ainda não conseguimos a meta de Pitágoras (568-470 a.C): “Eduquem os meninos e não será preciso castigar os adultos...” Não se pode confundir pedagogismo com os processos exigentes da Educação (ex+ducere). Educar é deixar-se revelar no que temos mais básico e fundante em nosso interior para que alguém nos acolha como dignos de sua atenção... Não basta sabermos como funcionam as coisas: é necessário que sejamos mais que as coisas que fazemos... como dádiva à humanidade. Não é o conjunto de títulos que nos tornam mais humanos; a compaixão e a aceitação de si nos amadurece frente a dor de existir e saber-se que morrerá. Não podemos resumir a vida à lógica porque viver é ilógico... O sentido é nos que damos ao vivido...
Depois, Capelatto nos apresentou o corte lateral do cérebro humano para nos mostrar a anatomia do mesmo e seu funcionamento, evidenciando a presença da amígdala cerebral. Esta já aparece no feto a partir de 45 dias na vida uterina. É uma espécie de asinha em que podem estar relacionados nossos primitivos impulsos de ansiedade, medo, motivação e raiva.
A resposta da amígdala cerebral é o medo, segundo Gazaginga (2004).
A partir dos estudos desse autor e outros como Freud em Além do princípio do prazer: Eros e Tanatus) Mol e Dr. Lente, Capelatto (2012), focaliza suas análises sobre o afeto humano como apego (presença, amor, cuidado) ou ausência desse afeto (medo, raiva...).
Nesse contexto, amor é a condição humanizada das pulsões psíquicas primitivas da perda (“Quanto mais perto, maior é a percepção das diferenças pessoas...”).Amor implica afetividade, elaboração das perdas e indiferença.
Quando à angústia, o ser humano experiencia um vazio como o fim das coisas ou fim do dia ou uma sensação máxima de medo de perder “algo” que não se sabe bem o quê.
Como o medo implica perda de algo ou de alguém, implica a raiva – pulsão de agressividade indefinida ante a vida em vários momentos e situações... A pessoa adia o que precisa fazer para não ter que se deparar com o fim das coisas...
E isso se torna um processo complexo de angustiar-se. Ou ela fala de si mesma diante de alguém e extravaga essa sensação (a) ou se submete às alienações ou substâncias que anestesiam ou aliviam sua ansiedade de modo momentâneo e ineficaz. A cultura nos canaliza a drogas ou a bebidas como procrastinação ou adiamento de nossa angústia. Há uma “legião de gente bêbada” sem amigos. Sabe-se que o álcool é um depressor do sistema central e alivia a angústia. A timidez é um disfarce do medo e tem nas drogas ou maconha outros ingredientes químicos que alteram o humor ou o comportamento humano, atuando no hipocampo e amortizando a raiva, a angústia e o medo.
Se a vida está monotoma, a adrenalina neutraliza a angústia, enquanto não se canaliza a necessidade de encontrar amigos, pais, educadores e cuidadores que possam nos ouvir.
Outra situação que vem condicionando 16 mil pessoas de 08 a 70 anos é a virtualidade decorrente da internet. O poder de sedução é enorme. A imagem representa o desejo à medida que condiciona a atratividade dos meios de comunicação, em especial a internet. Há uma perda da socialidade, perda da noção de realidade (tempo e espaço conexos) e apelo à fantasia; despersonalização (a pessoa perde a sensibilidade do corpo, porque a “vida virtual sobrepõe à vida corporal.”).
J. Krishnamurti nos alerta quanto ao “não ser sinal de saúde estar bem ajustado à sociedade profundamente doente”.
Já Lacan (1970) nos responde sobre qual é o desejo fundamental do ser humano. É o de não ser desejado pelo outro, pelo afeto do outro, de não ser objeto do medo de perda do outro.
Se não há como explicar o medo e o desejo, há de se questionar o desejo paradoxal. Trata-se de uma etiologia estranha entre o medo de perder e o desejo de perder-se no desejo do outro: o desejo de ser desejado sempre, o tempo todo. Essa onipotência do desejo é patológica à medida que nos vemos limitados e que o outro não nos satisfaz totalmente e não há como ter o monopólio do outro, reduzido à nossa radical necessidade de ser objeto do desejo do outro, única e soberanamente. Isso ocorre nos casos mais paradoxais como alguém sofre acidente depois de ver que o pai o alertou e em vão; a partir disso, fica-se na condição de dependência do outro totalmente...
Capelatto focaliza logo a seguir sobre a pessoa lúcida que consegue:
• Tolerar o outro e as sua frustrações: suportar-se... nas diferenças, sem ser indiferente às pessoas...
• Cuidar do outro como oferta de si...
• Aceitar-se como impotente e limitado em várias situações...
• Respeito por si e pelo outro...
• Prazer nas pequenas coisas do cotidiano...
• Manter-se ético ou não se aproveitar do outro...
• Sentir-se responsável pelo outro e pelo planeta...
• Aceitar-se como projeto em aberto ao futuro...
• Cuidar-se quando deseja e ao ser desejado... amor/afeto/cuidado/autoestima...
Quando for desejado, cuidar e ser cuidado: isso produz autoestima, que produz autonomia, que produz consciência de limites para poder se cuidar (CAPELATTO, 2008).
Cuidar de nossa condição interior, nossa impulsão animal é condição de bem-viver...
Perder-se para poder cuidar melhor... Não há controle total sobre o cuidar.
Precisamos saber ouvir: somos rede de cuidados.
Não adianta informação sem crítica; nem diálogo sem crítica... é preciso ter gente que ouça os jovens e as crianças... que lhes compreenda no silêncio e não sofra com o não que proferem... quando a vida já lhes diz tanto não. Se não somos amados, procuramos nos narcisar de um investimento libidinal... Temos necessidade de ser desejado pelo outro... Quando um animal não recebe afeto, ele morde a cauda. Uma mãe gorila desvela-se em cuidados constantes ao frágil filhote para que se senta confortável na vida e se torne saudável para o grupo... Quanto tempo você se dedica aos seus? Quanto recebe de carinho? “É dando que se recebe...”
“Ninguém é tão grande e rico que não possa aprender; nem tão pequeno que não possa ensinar algo...”
É de nossa condição humana o desejo de ser reconhecido e ainda temos que aprender que temos necessidade de expressar nossa ansiedade e nossos medos diante do outro, outro eu como nós...