EDUCAÇÃO: metodologia da pesquisa - síntese de joseboscolpp@bol.com.br, Tatiana Galante, Ângela Regina Bragagnolo Oliveira, Reginaldo Delício e Priscila M. T. M. R. Leocárdio.

Apenas reproduzimos o conhecimento, há tanta informação e pouca atitude de transformar, por quê? A complexidade é o fenômeno da vida humana, então por que não especificar e relacionar as esferas do saber?

Se nada detém o conhecimento, por que ainda o utilizamos mal e ainda não resolvemos os grandes desafios da sociedade? Se o estudo é para todos, por que só alguns detêm o saber aplicá´lo?

Essas e outras questões exigem um posicionamento epistemológico e reflexivo a cada dia para termos uma síntese aproveitosa de saber para solução de nossas condições de cidadania e, politicamente, lutarmos por uma sociedade menos desigual e injista.

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Conforme B. Soares, reproduzimos o conhecimento sem perceber o poder transformador do mesmo.

Pra instigar uma produção criativa e criteriosa, é necessário perceber que todo conhecimento é constituído social e historicamente.

Atualizar as metodologias ou saber aplicar as que conhecemos ou provocar outras mais interessantes é desafio das ciências da educação à medida que se processa ou procede os estudos das artes, ciências e filosofia. Assim, percorre-se um caminho pessoal ou coletivo para forjar uma visão de mundo mais complexa, crítica e engajada.

Nesse contexto, encerram-se propostas de revisar , de questionar, de aprofundar, de saber aplicar as metodologias científicas e de pesquisa, justamente, com abordagens instigantes na (des)construção de novas possibilidades de enxergar o real. A sociedade nem sempre foi do jeito que hoje percebemos e ela pode se modificar com o tempo. Esperamos que seja para melhor, mais justo e mais fraterna.

Uma sociedade menos desigual. Talvez isso demore mais do que queiramos!

A distancia de ricos e pobres é algo vergonhoso e secular...

As reflexões que se sugerem são de Pedro Demo, Paulo Freire, Siqueira, Minayos, Teixeira, Santome, Piletti, Severino, Belloni, dentre tantos outros, cujas perspectivas estão coerentes com as demandas educacionais e pedagógicas nos contextos de uma sociedade globalizada, pluralista e complexa.

Por ser tão importantes a metodologia, precisa-se de educadores que sejam facilitadores, incentivadores, pesquisadores, inovadores (não meros reprodutores e consumidores do conhecimento). Essa é a utopia tão projetada na educação de qualidade para o Brasil ainda nesse milênio. Sabe-se que a cada ano, perdemos nossas patentes e pesquisadores para outros países como a Suíça, França, Alemanha, Japão, Estados Unidos e Canadá.

Rubem Alves vislumbra uma educação menos gaiola e que os pesquisadores descortinem voos do saber.

Mas, todo trabalho de pesquisa exige um capital e capital humano especializado. Se não o temos, precisamos forjá-lo agora.

Pode-se acreditar que seremos mais sérios e capazes... Se tivermos políticas sérias, o mercado que nos aguarde com a inteligência de novos pesquisadores. Pode-se contagiar, suscitar novos leitores, despertar novos escritores, promover outros pesquisadores: eles estão diante de nós e são nossos alunos hoje, aqui e agora.

Isso exige uma visão ampla de metodologia, esperança e coragem em investir nas novas gerações. Alguns farão a diferença!

O conhecimento não é pronto e nem de longe está esgotado! Há muita coisa por descobrir... outras aperfeiçoar, o mundo não se explica a si mesmo...

Todos deveríamos questionar o que aprendemos e ver se existe outra maneira de entender. Saiamos da passividade, sejamos leitores ativos e proativos. É preciso saber do saber, merecer e ter ousadia de oportunizar o saber, pra saber saber, saber aprender, saber viver, saber aplicar...