"Saia do Passado"

“Jesus Cristo é o mesmo ontem hoje eternamente” (Hebreus 13;8)

“O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol”(Eclesiastes 1;9)

O martelo da mídia tem intensificado golpes sobre o tema supra, com múltiplo arsenal. Para o espírito alerta e mente acostumada à esgrima racional, os instantes apelos intrigam pela sutileza e desfaçatez com que insinuam-se para minar, dominar e manipular o psicológico coletivo pisoteando a lei da liberdade de pensamento, expressão e escolha. O princípio da “inviolabilidade do indivíduo” resultou na declaração do dos direitos do cidadão promulgados pela Assembléia Nacional Francesa em 1789. Estes, estão no “passado”.

Ressalvando-se o sentido comercial, os benefícios de avanços científicos e tecnológicos, o que preocupa é o subliminar, ou duplo sentido. Portanto, esta dissertação não caracteriza oposição ou rejeição à inovação de mecanismos em geral. Uma vez que o chavão é temporal cabe reflexão sobre, o tempo

Agostinho, teólogo do IVº século preceitua que o tempo é uma “extensão”. Para explicá-la, socorre-se do termo “distensão”. De sorte que o tempo é “distensão da alma” – prolongamento ou dilatação - que consiste coexistência no presente, do passado e futuro. De resto, é esta distensão que lhe dá precisamente uma extensão, que permite então medi-lo. Em síntese, subjetivamente falando o tempo é dimensão da alma. Portanto, psicológico espiritual e eterno.

Por este prisma “Sair do passado” pode significar renúncia ou adulteração dos princípios e valores” haja vista que, princípio é tudo que acreditamos e valores, aquilo com que estamos comprometidos. Sair disso implica auto-abandono, abdicação dos padrões éticos, morais e espirituais vexados como retrógrados para persuadir desavisados consentirem com o dissimulado roubo.

Basta um exercício reminiscente para ver semelhante Tsunami soprada pelos ventos do Iluminismo objetivando infundir “nova consciência” - sair do passado - sob o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”..! Salvo alguns benefícios, o clichê serviu preferivelmente como alavanca e engodo político-religioso. Pois, escudada no estandarte e apologia da liberdade a escravidão continua estropiando vidas.

Uma vez que Igualdade, se rege por porincípios desiguais e na prática, fraternidade é de caráter dizigótico – multivitelino – gerados no mesmo ventre porém, placentas diferentes, não compartilharam o líquido aminiótico. Semelhantes a Jacó e Esaú, são inimigos desde a madre.

“… os filhos lutavam dentro dela...” – Rebeca - (Gênesis 25;22) Portanto, espírito fraterno social, egoista e intolerante. Curiosamente Rebeca, segundo a Bíblia era mulher de singular beleza, cujo nome significa “união” ou “ligação” não obstante constitui-se genetriz de cismas e conflitos generalizados. Agora querem pintar essa bandeira oca com "novas" cores.

O Iluminismo incentivou também a evolução contracultural do movimento Hipie – brasileirismo que significa, bicho, grilo – que rejeitou valores tradicionais e eternos em prol da libertinagem, da cultura da droga, bestialidades e outras alucinações que estão difundidas de multifacetadas formas. Para estes, “sair do passado” culminou com a entrada em comunidades utópicas, grilados e abichornados.

Aqueles que são realmente sábios e livres escolheriam “sair do passado” abandonando a pose de deuses característica da serpente que conseguiu induzir uma multidão de anjos abandonarem seu status quó (o Passado) colocando-os contra Deus precipitando-os no abismo. Depois usou o mesmo artifício contra o homem no Éden servindo-se da demagoga retórica da “igualdade" "...sereis como (igual a) Deus...” (Gênesis 3;5) destituio-os da imagem e semalhança divina. Leia Gênesis Capítulo 3, Isaias 14;14 a seguir e Apocalípse 12;1-6. Para estes "Sair do Passado - Vida Eterna - combinou com a morte eterna.

Considerando pois, a compreensão agostiniana de que passado e futuro estão presentes em nós, não seria coerente concluir senão que sutilmente estão ridicularizando princípios e valores, que são patrimônio humano que deveriam ser preservados entretanto, estão destruindo. Paradoxalmente violam direitos humanos à medida que os afirmam.

Sendo assim, conclui-se que “O ladrão não vem senão matar, roubar e destruir…” (João 10;10) mas, sempre com sedutora retórica. Aliás cleptomania, crimes e corrupção são vícios antigos que “iluminados” recusam abandonar. Aqui deveriam eles SAIR DO PASSADO.

É notório que a Era de Aquário que começou em 21 de Dezembro de 2012 pôs fim a "Era de Peixes - simbolo do cristianismo - que na ótica esotérica é também “passado” a ser abandonado.

Extrategicamente o espírito anticistão da Nova Era usa terminologia bíblica para dissimuladamente implantar sua filosofia da mudança pois, abandonar o mundo corrompido é imperativo cristão indispensável para salvação agora usado na destruição dos valores. O texto sagrado diz “se alguém está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas passaram e eis que tudo se fez novo” (2ªC0 5;17)

Pressupondo que estejam almejando aperfeiçoamento humano então, deveriam aconselhar retorno ao criador por intermédio da cruz de Cristo Jesus para serem regenerados à sua imagem e semelhança que tinham no remoto passado. Isso implica ir em sentido contrário, retrocedendo no tempo. Portanto devemos retornar ao passado entrando no incomparável futuro. Pois, “Jesus Cristo é o mesmo ontem hoje eternamente”