Rascunhos de um diário 12
Escolhemos para nós o amor que julgamos ser o bastante, o suficiente, o correto. E muitas vezes não nos damos conta de que a nossa escolha, nem sempre é a certa. Mas como saber se ela é a errada a não ser arriscando? Talvez ela seja a certa, ou quem sabe não. Talvez não passe de mais uma escolha dentre tantas que fazemos. Não podemos tentar convencer ninguém de que suas escolhas talvez estejam erradas. Mas podemos tentar mostrar que existe algo melhor a sua espera, ainda que ela esteja conformada com o que conquistara até agora. O triste é que muita gente se contenta com o pouco, por medo de arriscar, apostar grande e sair perdendo tudo. Já perderam demais. Tem gente que se contenta com amor fast-food. Vivem apostando pouco e por isso nunca estarão à beira de viverem tudo que poderiam viver, da melhor forma que poderiam. Tudo isso pq o amor se limitou e adequou-se a investimentos superficiais. É tudo culpa do amor. Ou seríamos nós os verdadeiros culpados por vivermos contentes com o que nos machuca e nos satisfaz superficialmente quando as águas mais fundas nos convidam sempre a mergulhar?