AMOR À VIDA - CAPÍTULO I
CAROS AMIGOS: AQUI VAI O PRIMEIRO CAPÍTULO DO MEU LIVRO SOBRE PREOCUPAÇÕES. QUEM AINDA NÃO LEU A INTRODUÇÃO É SÓ IR EM "AMOR À VIDA-INTRODUÇÃO" EM ENSAIOS. ESPERO QUE APRENDAM BASTANTE COM ESSA LEITURA. ABRAÇO A TODOS E BOM ESTUDO!!
CAPÍTULO I
VALE A PENA PREOCUPAR-SE?
Como anda o seu interior?
Como o nome indica, preocupação é pré ocupar-se com algo que, na maioria das vezes, não irá acontecer. Friamente analisado isso não deixa de ser uma enorme perda te tempo, além de um processo tremendamente prejudicial à vida como um todo. A pessoa preocupada está mais propensa a tudo aquilo que torna alguém infeliz; só o fato de preocupar-se desnecessariamente já é causa preponderante de infelicidade. A vida é para ser vivida e seremos felizes na proporção em que conseguirmos extrair dela todas as oportunidades que nos são oferecidas, e elas se encontram a todo instante em qualquer lugar. Quando alguém se preocupa está deixando de viver; na verdade compara-se a todo tipo de vida inferior que simplesmente vegeta. Tendo em mente que a preocupação é um veneno que aniquila o suprassumo das funções vitais de um individuo pensante fica mais fácil combatê-la e exterminá-la, por isso a maior arma é a vigilância. Ninguém, melhor do que nós conhece o nosso interior; somos o nosso maior psicólogo. Se procurarmos no interior de nós mesmos as falhas mentais que nos aborrecem, deprimem e tornam sem sal e enfadonho o dia a dia, vamos encontrar, sem sombra de dúvida, nas preocupações a causa de tudo. Sei que posso estar exagerando, mas não há outra forma de colocar o problema.
Renove-se interiormente
Quando chegamos ao fim de um dia repleto de responsabilidades e encontramos, quando encontramos, algum tempinho para o nosso laser ou descanso sentimos a feliz sensação do sangue fresco fluindo dentro das veias e sequer passam por nós aqueles pensamentos que nos arruinaram o dia. Isto porque os breves momentos de prazer das horas de gáudio e descontração são tão benéficos ao nosso organismo que tudo mais perde a importância. Não que os problemas deixaram de existir ou deixaram de existir nossas preocupações em relação a eles, mas o estado de nosso mundo mental passou a ser outro; completamente outro. É exatamente este patamar de sensações agradáveis que precisa ser o objetivo de quem busca uma vida melhor, mais feliz e, por extensão, mais dinâmica em todos os sentidos. É nessas horas de bem estar que se deve parar um momento e fazer a seguinte reflexão: “por quê não sou assim o dia inteiro? Por quê só tenho que me sentir bem quando algo de bom acontece e no resto das minhas horas sou consumido pelo fantasma da preocupação?” A partir desta análise se for feito de fato o esforço da iniciativa tudo então começará a mudar e começarão os dias a se mostrarem mais ricos e saborosos. Como resultado desta atitude a saúde, tão danificada pelas constantes preocupações, será a primeira a ser positivamente influenciada e, visivelmente, mudarão a postura, a cor da pele, a fisionomia e uma felicidade renovada e muito benvinda começará a transparecer.
Você é o seu comandante
Este livro não falará de religião, mas não poderá deixar de falar de Deus e reconhecê-lO como o supremo criador do mundo, da vida e de todas as criaturas. E está, entre essas criaturas, o homem, rei de toda a criação de Deus. Foi dado a ele o poder de domínio sobre tudo que existe no universo. Se acreditássemos de fato nesta simples, mas poderosa verdade, não teríamos do que nos preocuparmos na vida. Deu-nos, sobretudo uma mente que nos diferencia de todos os outros seres. Aí surge o efeito colateral de possuirmos uma mente que nos faz diferenciados. Ela emite pensamentos, calcula, pondera, sofre recordações, armazena essas recordações e, como se não bastassem todos esses predicados, ainda vê pela frente um futuro, totalmente desconhecido, incerto e, muitas vezes, assustador. Se analisados por esse prisma não passaríamos de cobaias de Deus para a experimentação do mundo. Todavia, voltando ao início da criação de Deus e de Sua vontade de fazer dos homens seres superiores, não temos do que nos entristecermos a não ser com o fato de, egoisticamente, utilizarmos esta incrível ferramenta que é a mente para nos preocuparmos, quando, na verdade, sua função principal é de nos alegrar a vida, fazendo de nossa capacidade de seres superiores um instrumento inigualável para a evolução do mundo.
A preocupação vem a ser, portanto, uma atividade completamente ineficaz e, acima de tudo, prejudicial ao crescimento da vida. Quando utilizamos a mente para nos preocuparmos deixamos de evoluir em todos os sentidos; isto é uma tremenda falta de senso, para não dizer de inteligência. Porque deixar um mecanismo tão bem elaborado e benéfico trabalhar em sentido contrário as suas verdadeiras funções? Está provado que não é impossível esse controle. Voltando àqueles momentos de felicidade que experimentamos quando não nos assaltam as preocupações, sentimos que é totalmente plausível um esforço no sentido de permitir à mente continuar, por força de nossa própria vontade, esse estado feliz e prazeroso. Por sermos criaturas altamente criativas e adaptáveis a novas situações, uma vez tendo sob controle os pensamentos, poderemos manipulá-los ao nosso bel prazer, encaminhando-os para situações, cenários e atitudes fornecedores de prazer e bem estar. Mas a mente é traidora, não sentimos os pensamentos, senão quando tomaram conta do nosso mundo mental e nos vemos outra vez nos preocupando. Para que isto não ocorra surge a persistência como auxiliadora do processo pensante. Não há uma sequer habilidade que tenha se adquirido que não haja vindo pela prática e pela continuidade. O exercício dos músculos torna-os fortes e resistentes da mesma forma que o exercício mental para dominar as preocupações capacitá-lo-á a perenizar este estado. Não se extermina um hábito do dia para a noite; recidiva não é fracasso, mas sinal de que o empreendimento precisa continuar. Nunca deixaremos de nos preocupar. Exterminar por completo essa função da mente não é apenas impossível como imprudente. Dependemos dela para a análise e solução dos mais intrincados problemas. O que se quer combater é a doença da preocupação que rouba e aniquila o bem estar e a felicidade.
Qual o seu conceito de felicidade?
Por tudo isso a conclusão é simples. Preocupar-se é perder oportunidades de apreciar a vida, de viver o momento presente, de saborear o que a vida tem de melhor que é o nosso cotidiano. São infelizes as pessoas que se deixam levar pelas preocupações improdutivas. Vale deixar claro aqui que o ato de preocupar-se não se restringe a ficar arrasado quando surge uma situação inusitada causadora de dor ou de sofrimento. Este trabalho tem como foco principal, numa abordagem, na medida do possível, simples e objetiva, esclarecer ao interessado cada um dos diferentes aspectos do fenômeno preocupação; o que vem a ser ele de fato, como e porque surge, qual sua função verdadeira, até onde vem a ser benéfica, porque uma vida livre de sua influência maléfica e doentia tende a ser muito mais feliz e produtiva, entre outros pontos de vista. Se quiser viver plenamente e usufruir o sabor das oportunidades que o dia a dia tem para oferecer a primeira e mais urgente iniciativa tem a ver com o controle das preocupações que insistem em invadir a mente. Preocupar-se está no extremo oposto de gozar a vida. É por isso que se tornou moda a proclamação do que seja felicidade; que felicidade consiste em aproveitar os momentos felizes. Pessoas que reconhecem este conceito como básico e verdadeiro tendem a ver na preocupação uma normalidade, parte inerente e integrante da vida, quando isto não é verdade. A preocupação transforma-se numa doença de difícil cura quando impede que as ações da vida ultrapassem a mediocridade. A mente não encontra tempo nem ânimo para dar ao corpo físico a chance de agir como deve a fim de empreender mudanças porque o cérebro está desgastado pelas constantes e incontroláveis preocupações. E isto é extremamente lamentável.
Faça e não se canse
Começando pelo estão físico este é o principal prejudicado. O rendimento de alguém vitimado pela preocupação está infinitamente aquém do ideal e incomparavelmente distante do que mostram os devidamente concentrados em suas funções e nos seus afazeres. A mente ocupada não vê tempo nem chance de se dispersar. Isto porque o afluxo de sangue necessário à atividade exercida naquele momento é total e benéfico e isto traz consequentemente a frescura do vigor e da energia plenos. Esta concentração não é algo difícil de ser alcançado nem tem que ser produto de um esforço incomum. Fomos projetados para a ação, muito mais que para a inatividade. A atividade da mente ligada no que está sendo executado concorre unicamente para o prazer. O cansaço, ao contrário do que acredita o senso comum, não é produto do trabalho nem do esforço, mas da dispersão mental enquanto tal trabalho ou esforço é empreendido. Sendo o corpo físico constituído de matéria, exclusivamente ele não deveria se desgastar nem sentir o cansaço além de uma dose natural decorrente da repetição do movimento. Mas esse já é um conceito a ser abordado numa outra oportunidade. Quero frisar que o homem possui a capacidade que lhe é intrínseca de dominar seus sentidos e isto vai refletir na quantidade de energia consumida ou conservada durante uma atividade corporal. É por isso que uns se cansam mais e outros menos. Os que apresentam, inata ou pelo treinamento, a capacidade de executarem uma quantidade de trabalho duas ou três vezes superior à maioria é que reconhecem instintivamente o poder da mente, mais do que do próprio corpo, de retirar das tarefas a que se entregam o máximo de prazer, encarando-as como um verdadeiro divertimento. Não nos cansamos por causa do trabalho executado, mas devido ao nosso estado de espírito daquele momento.
Como anda a sua fé?
Vivemos pela mente e pelos pensamentos que alimentamos durante as vinte e quatro horas do dia, já que, enquanto dormimos é que
absorvemos, ainda mais intensamente, tudo que nos impressiona, tanto pelo que vem de fora quanto por aquilo que estamos emitindo através do nosso estado emocional. Se não tivermos o cuidado de selecionar os pensamentos sofreremos pela nossa displicência em aceitar e assimilar de forma descontrolada as informações mundanais. Sem autonomia não é possível haver ordem nem produtividade. São esses detalhes do dia a dia que vão formando pouco a pouco a personalidade. Formamos opiniões a respeito de nós mesmos e do mundo e acabamos por responder inconscientemente a tudo que nos acontece com base em nossas opiniões formadas. Tudo isto acumulado castiga o organismo em forma de preocupações. Somos nós que selecionamos o que queremos pensar e de que forma. Este trabalho mental ininterrupto, quando desordenado, cansa a mente e, por extensão o corpo, já que este depende daquela. Ao invés de utilizar a cabeça para gerar ideias criativas relacionadas ao modelo de trabalho que está sendo visado, prefere o indivíduo, como diz o ditado, viajar na maionese. É aí que começam os efeitos negativos. O processo é lento, insidioso que, todavia, ao longo prazo causam danos os mais variados. O mais evidente é o cansaço do corpo, a falta de energia no fim do dia. Acrescidos a isto virão a falta de criatividade, o desânimo em empreender tarefas acima da mediocridade, objetivos tímidos e temerosos, pessimismo em relação aos verdadeiros valores da vida, uma autoestima fria e abaixo da mediana, entre muitos outros sintomas inibidores do crescimento.
A vida perde o verdadeiro sentido quando a mente se encontra ligada mais nos problemas do que na apreciação dos minutos ao alcance de uma iniciativa. A celeridade das horas não permite vacilações, tampouco perdas enormes de tempo com o que deixou de ser feito. O pensamento que se perde em lamentações é uma nova ideia que deixou de ser produzida. Os grandes e significativos problemas do mundo estão nas mãos dos especialistas; não nos cabe ponderar sobre eles exageradamente, até mesmo porque raramente encontraremos soluções diferentes daquelas que já têm sido encontradas e os que não têm solução estão entregues ao tempo e aos futuros gênios, então a preocupação nesses casos só atrapalha. Quando há um motivo específico causador de uma preocupação desconcertante, capaz de bloquear tomadas de decisões ou mesmo impedir o andamento normal da rotina de vida, aí a situação se torna mais séria, mas tudo isso faz parte da vida e, como acontecimento isolado, pode realmente abalar uma estrutura. Ainda assim não é a preocupação que vai solucionar ou amenizar o problema. Sua interferência só fará dificultá-lo ainda mais. Não vivemos sozinhos e além do apoio e do aconselhamento de pessoas queridas temos em Deus e no Seu amor incondicional o nosso maior lenitivo. Ninguém está livre de situações inusitadas; por isso a fé e a esperança precisam ser cultivadas ao longo da vida. Depois da ação inteligente, dos recursos humanos para a solução do problema a entrega a um poder que está acima de nós é o melhor caminho a ser tomado. Se, depois disso a preocupação persiste é a fé e confiança que precisam ser avaliadas e elevadas a um patamar onde a preocupação seja mínima ou inexistente.
Esqueça-se e renda o seu máximo
O arquétipo humano é, entre todos os seres criados, o de maior complexidade no que diz respeito aos seus atributos mentais e cognitivos. E quanto mais complexo o âmbito mental mais sujeito está ele a oscilações. Por possuir essa complexidade é grande a responsabilidade do ser humano na sua condução. O preço a pagar por esse magnífico engenho é o autocontrole. Tanto para o bem quanto para o mal podemos usar o cérebro e as funções ligadas a ele. Cabe exclusivamente ao detentor da máquina o seu uso perfeito. Esta é a razão que nos deverá impulsionar ao uso adequado da mente e compreender que o passo número um é o controle das preocupações. Uma vez dominado o funcionamento do arquétipo mental no encaminhamento dos pensamentos para fins sempre evolutivos, livrando o cérebro do desgaste causado pelo seu uso indiscriminado – em outras palavras, não se preocupando inutilmente – o rendimento em qualquer área da vida deverá ser o máximo e o prêmio maior será a felicidade. Se pensarmos em um robô e nas operações que ele é capaz de executar uma vez estruturado e programado, e como mínimas são as suas falhas, poderemos entender analogamente do que pode ser capaz a mente humana livre das preocupações. Se é certo que um robô não possui emoções nem sensibilidade também é certo que nós, humanos, livres dos entraves bloqueadores de um desempenho perfeito podemos banir emoções inúteis enquanto concentrados numa tarefa até a sua total conclusão.
Conheça o seu interior
Não é mais novidade o fato de que a mente é controladora do corpo físico tendo como veículo a vontade. Deve ficar claro do mesmo jeito que essa mesma vontade é capaz de controlar os estados da mente impedindo-os de gerar pensamentos ou sentimentos destrutivos, inibidores do bem estar. Somos uma unidade íntegra e interdependente. Nesse sentido, nada poderá estar fora de nosso controle se assim o desejarmos. Sentir-se bem a todo instante é desligar-se do corpo e, naturalmente, sem pensar que está fazendo, viver o eu do momento, usufruindo cada instante com alegria e gratidão. É tolice negar que há estados de indisposição próprios das oscilações orgânicas de um corpo em constante movimento. Entendendo que isso é sinônimo de vida e, portanto normal fica mais fácil adaptar-se e, com paciência, esperar o retorno ao estado usual. Se compreendermos que somos muito mais espírito do que corpo físico fica mais fácil a adaptação às irregularidades do nosso processo pensante. Aquilo em que se focaliza a mente sofre imediatamente a influência desta. Quando centralizamos a atenção demasiadamente sobre um problema a tendência deste é agigantar-se. Se focalizarmos os pensamentos sobre determinada parte do corpo esta começará imediatamente a sentir sua influência.
Embora sejamos espíritos em nossa essência, possuímos um organismo que está em contato constante com o mundo exterior e dependendo de nossa postura de pensamentos podemos causar alterações significativas em seu funcionamento. Isto porque dentro do universo mental de cada um encontram-se as emoções e elas são processos controlados pela vontade. Sufocar emoções, da mesma forma que exprimi-las sem o devido comando da vontade pode deflagrar estados indesejados de disposição física e a superveniência desse processo pode ser uma doença. É óbvio que ninguém deseja a doença, mas inconscientemente ela pode ser desencadeada por alterações de humores que, sem a pessoa se dar conta, corrói a estrutura emocional semeando irregularidades no corpo. Muito mais importante do que controlar estados de ira, ressentimentos e de mágoas é evitar que eles brotem no interior. Isso não é coisa fácil de conseguir da noite para o dia. Estamos expostos a todo tipo de inquietação e a vida nos cobra muitas vezes além daquilo que suporta nossa estrutura, especialmente nesta nova fase do mundo em que as informações nos bombardeiam de todos os
lados. O homem não está preparado para a velocidade em que ocorrem as mudanças e o primeiro a sentir o reflexo negativo de tudo isso é o corpo. É por esta razão que urge estabilizar a mente e o espírito e aprender o quanto antes a lidar com as exigências do mundo moderno.
Não alimente a chama
Controlar e dominar as preocupações vem a ser então tão ou mais essencial do que ganhar dinheiro ou ingerir alimentos; é questão de vida ou morte. O que pode ser mais importante do que a felicidade? Que pode haver melhor do que sentir-se bem disposto de manhã à noite, executando todas as tarefas com alegria, entregando nas mãos da Sabedoria Universal o nosso destino. Independentemente de ser ou não religioso é totalmente possível alcançar este estado que é o estado natural da vida. As preocupações só fazem entristecer a mente, diminuindo sua capacidade de raciocínio, influindo maleficamente sobre tudo. As ideias não surgem com eficácia. As decisões que se toma tendo a mente arrebatada pelo estresse advindo das preocupações são faltas de sabedoria; com frequência trazem resultados insatisfatórios e desencadeiam situações forçadas. Quando a mente se encontra fria e despreocupada todas as atitudes tendem a gerar soluções benéficas. O argumento de muitos é que é impossível acalmar-se enquanto o circo está pegando fogo e o contra o argumento para isto é que: não é o fato de se preocupar que vai fazer com que se apague o fogo do circo. Sobretudo, o fato de viver constantemente preocupado com os diversos acontecimentos da vida não vai evitar que eles aconteçam se assim tiver que ser, mas é certo que causará uma série de pequenos incêndios em nossa lona de proteção.
Viver assim é melhor
É certo e constatado que as pessoas que se preocupam menos são as que desfrutam melhor suas vidas e são mais felizes. A alegria é o tônico mais eficaz para o combate às preocupações. Manter a mente fechada, a fisionomia contraída é um convite a elas. Esse é um mero exemplo de que a mudança precisa partir de dentro; não adianta buscar motivos para não se preocupar. Dependendo da sua natureza interior essa busca pode trazer ainda mais motivos para preocupar-se. Então começar de dentro para fora é a chave. Mudar os sentimentos, mudar o modo de encarar a vida. As crenças e as convicções não podem e não devem ser impostas a ninguém; elas precisam nascer com cada um como resultado de experiência própria. Cada indivíduo isolado representa um universo à parte. Somente ele é responsável pelo seu mundo interior. Encher o ambiente mental com traças e sujeiras de toda espécie ou manter limpa a lente a fim de que a visão daí resultante seja um mar de purezas e de boas sensações. Se a insatisfação com a vida é um estado constante e são maiores as frustrações, a negatividade e o pessimismo, isto é um sinal certamente indicativo de que o conteúdo dos pensamentos está muito distante do ideal para uma vivência feliz. Há de se compreender que este tipo de comportamento precisa de uma vez ser revisto e avaliado e uma transformação radical e urgente precisa ser iniciada. No fundo do subconsciente de pessoas assim existe, arraigado, um sentimento destrutivo, caracterizado por um profundo temor, uma tristeza insistente e corrosiva ou coisa do gênero que precisa ser arrancada para que a renovação comece de fato a acontecer.
Neste livro abordarei formas eficazes de se combater as preocupações que tendem a destruir o bem estar e a felicidade. Não existe um segredo, tampouco técnicas infalíveis de fazer transformar do dia para noite o indivíduo preocupado num vendedor de alegrias e otimismo. Meu objetivo é conscientizar o leitor dos benefícios e das graças que a vida tem a oferecer àqueles que aprenderem a utilizar o potencial mental de extrair das horas, dos meses e dos anos o verdadeiro elixir não encontrado em farmácias nem academias de ginástica ou embelezamento.
Para começar, mostrarei, no capítulo seguinte os recursos disponíveis em nosso cérebro para beneficiar o estado mental de quem se dispõe a viver descontraído e livre. Provarei, por conceitos científicos e racionais porque fomos projetados para gozar a vida em sua plenitude e porque o mau uso do processo pensante pode desgastar o cérebro, encurtar a vida ou enchê-la de desgostos e frustrações. A melhor das boas notícias é saber que somos nós os comandantes de toda essa engenharia anatômica, capaz de elevar o homem a patamares incríveis; que há um leme denominado poder mental que direciona, por sua livre vontade, os pensamentos. Que o destino não é algo pré-estabelecido, mas um resultado da condução que for dada ao universo interior de cada um.