Financiamento público de campanhas nas eleições brasileiras.

3º Fórum Temático - 27/11 a 04/12

Financiamento público de campanhas nas eleições brasileiras.

Quanto ao financiamento exclusivo de campanhas nas eleições brasileiras, acredito que traria uma maior democratização do processo eleitoral, diminuindo diversas discrepâncias existentes com o modelo atual, onde os candidatos são financiados com capital privado, capital este que muitas vezes não tem origem clara, e em outra grande parte é oriundo de grande empresários, empresários estes que futuramente exigiram seus direitos como financiadores da campanha, pois, é extremamente ingênuo acreditar que quem financia uma campanha política o faz meramente por ideologia política ou filantropia. Este financiamento privado gera candidatos com “rabo preso”, que quando eleitos defenderão os interesses de seus “patrões”, pois, quem paga manda, e isto se reflete nos privilégios em licitações e todo tipo de “falcatrua” que envolve uma gestão pública hoje em dia no Brasil.

Acredito que hoje em dia nossos candidatos são completamente dependentes de seus financiadores, com o financiamento público isto em tese seria solucionado, claro que com a criação de mecanismo reguladores que garantissem homogeneidade ao processo, oferecendo recursos iguais a todos, independente se candidatos de governo ou oposição. Cada candidato com verba fixa. O que se vê atualmente em nosso pais é uma ditadura de centro, pois, não existem mais ideologias políticas ou polipartidarismo, o que existem são siglas diferentes unidas para fatiar o bolo do poder. Alguns lutando para se manter outros para pegar uma fatia. Vejo o processo eleitoral brasileiro como uma enorme falácia, pois, é extremamente desigual, onde sempre o partido maior, tem mais espaço nos meios de comunicação, mais verbas e notoriedade, deixando os candidatos de menor partido, sem chance de expor suas idéias. Acredito que a verba e o tempo e acesso a mídia de todos candidatos teriam que ser iguais, independente de partido, pois, se não vamos continuar vendo sempre os mesmo se perpetrando no poder como acontece hoje em dia. Que empresário vai colocar seu dinheiro em cavalo paraguaio? O financiador da dinheiro pra quem pode ganhar, assim como o povo ainda pensa, pois, sempre se vê o eleitor votando em quem pode ganhar e não naquele candidato de partido pequeno, mas com propostas mais próximas da ideologia do eleitor. Chegasse ao absurdo como foi em minha cidade, de candidato não ter direito de participar do debate por seu partido não ter representação na Câmara dos deputados. Isso é democracia?

Quanto a pensar que os candidatos governistas levariam vantagem neste processo, não vejo assim, pois, se forem criadas regras igualitárias, e não desiguais que sirvam simplesmente para beneficiar os partidos governistas. Acreditar que com o financiamento público, a maquina pública será usada para favorecer os partidos do governo, é consentir com a roubalheira que assola nosso país. Deixar de investir em algo que pode melhorar o processo eleitoral por ceer que a corrupção vai corrompe-lo. É como deixar de comprar um carro zero km, com medo que ele seja roubado.

Creio que o financiamento público, serviria também para brecar esse absurdo que se tornaram os gatos em campanhas políticas. Ao meu ver não existe campanha política no Brasil, e sim carnaval de outubro, pois, o que tem eleito os candidatos é musiquinha, celebridades em campanhas, trios elétricos, e todo tipo de pirotecnia que só serve para iludir o povo menos esclarecido. Basta ver que o candidato com a musiquinha mais “chiclete” sempre é bem votado. Chega de palhaçada! Esta na hora de sermos um país sério. As campanhas tem que ser financiadas no que intereça, que são exposições de projetos e plataformas, e não carreata, musiquinha, camiseta, e essa micareta toda. As campanhas tem que ser veiculadas em mídias especificas, de fácil acesso a toda população, e igualitariamente a todos os partidos. O restante é carnaval.

FSantana
Enviado por FSantana em 30/11/2012
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