Nossa Força é a Nossa Justiça

26/11/2012

É interessante que o Senhor nos dá designações para pensar. Quando pensamos nelas, e quando procuramos tirar o melhor delas, coisas muito importantes acontecem.

Este mês foi um mês bastante difícil para mim, mas pude aprender e vivenciar muita coisa. Acho que o Senhor desejava que eu comentasse um pouco disso hoje.

Eu gostaria de propor um estudo encima de duas passagens muito especiais das escrituras. Ambas são muito famosas. A primeira encontra-se no livro de Daniel, no capítulo 3.

Em Daniel 3: 1-6, lemos o seguinte: “O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja altura era de sessenta côvados, e a sua largura de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia.

Então o rei Nabucodonosor mandou reunir os príncipes, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os capitães, e todos os oficiais das províncias, para que viessem à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado.

Então se reuniram os príncipes, os prefeitos e governadores, os capitães, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, e todos os oficiais das províncias, à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado; e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado.

E o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e línguas:

Quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, prostrar-vos-eis, e adorareis a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado.

E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro da fornalha de fogo ardente”.

Vemos que três jovens passaram por uma terrível armadilha que prejudicaria suas vidas:

“E responderam, dizendo ao rei Nabucodonosor: O rei, vive eternamente!

Tu, ó rei, fizeste um decreto, pelo qual todo homem que ouvisse o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, e da gaita de foles, e de toda a espécie de música, se prostrasse e adorasse a estátua de ouro;

E, qualquer que não se prostrasse e adorasse, seria lançado dentro da fornalha de fogo ardente. Há uns homens judeus, os quais constituíste sobre os negócios da província de Babilônia:

Sadraque, Mesaque e Abednego; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti; a teus deuses não servem, nem adoram a estátua de ouro que levantaste”.

O rei Nabucodonosor ficou muito enfurecido e resolveu “explicar algumas coisas” para os jovens:

“Então Nabucodonosor, com ira e furor, mandou trazer a Sadraque, Mesaque e Abednego. E trouxeram a estes homens perante o rei. Falou Nabucodonosor, e lhes disse:

É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abednego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei?

Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente.

E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos”?

Vemos também a coragem desses três garotos:

“Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor:

Não necessitamos de te responder sobre este negócio.

Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei.

E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste. (...) Então estes homens foram atados, vestidos com as suas capas, suas túnicas, e seus chapéus, e demais roupas, e foram lançados dentro da fornalha de fogo ardente”.

Ou seja: eles preferiram sacrificar a própria vida a fazer o que consideravam ser errado. E, aí, algo aconteceu:

“Então o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa; falou, dizendo aos seus conselheiros: Não lançamos nós, dentro do fogo, três homens atados? Responderam e disseram ao rei:

É verdade, ó rei. Respondeu, dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus.

Então chegando-se Nabucodonosor à porta da fornalha de fogo ardente, falou, dizendo: Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Então Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do fogo”.

A outra história que nós vamos comentar encontra-se no Livro de Mórmon, e trata de um outro homem, chamado Abinádi.

Lemos no livro do profeta Mosias, capítulo 11, versículo 20: “E aconteceu que existia entre eles um homem cujo nome era Abinádi; e ele começou a profetizar no meio deles, dizendo:

Eis que assim diz o Senhor e assim me ordenou, dizendo: Vai e dize a este povo: Assim diz o Senhor—Ai deste povo! Porque vi suas abominações e sua iniqüidade e suas fornicações; e a não ser que se arrependam, visitá-los-ei com minha ira”.

Lemos no versículo 27 que também havia um rei muito iníquo nesta cidade: “Ora, quando o rei Noé soube das palavras que Abinádi dissera ao povo, também ficou irado; e disse: Quem é Abinádi, para que eu e meu povo sejamos julgados por ele, ou quem é o Senhor, para trazer sobre o meu povo tão grande aflição”?

No capítulo 12:9, Abinádi criticou duramente o rei e seus sacerdotes: “E aconteceu que se zangaram com ele; e prenderam-no e levaram-no amarrado perante o rei e disseram ao rei:

Eis que te trouxemos um homem que profetizou infortúnios concernentes a teu povo e disse que Deus o destruirá”. Assim mesmo, porém, ele não desistiu de pregar, mesmo sabendo que poderia perder a vida.

Vemos em seguida suas palavras, no capítulo 16:13-15: “E agora, não deveis tremer e arrepender-vos de vossos pecados e lembrar-vos de que somente em Cristo e por meio dele podereis ser salvos?

Portanto, se ensinais a lei de Moisés, ensinai também que ela é uma prefiguração das coisas que estão para vir - Ensinai-lhes que a redenção é alcançada por meio de Cristo, o Senhor, que é o próprio Pai Eterno. Amém”.

Essa história porém, teve, no capítulo 17:20, um desfecho diferente da anterior: “E então, havendo Abinádi pronunciado estas palavras, ele caiu, tendo sofrido a morte pelo fogo; sim, tendo sido morto por não querer negar os mandamentos de Deus, tendo selado a verdade de suas palavras com a morte”.

A pergunta que não quer calar, ao ler estas passagens, é a seguinte: porque Sadraque, Mesaque e Abednego foram salvos, enquanto Abinádi não? A reposta não é muito simples, mas foi dada pelo próprio Salvador Jesus cristo, em Mateus 10:28:

“E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”. Lemos algo muito parecido em Doutrina e Convênios 42:46: “E acontecerá que aqueles que morrerem em mim não provarão a morte, porque lhes será doce(...)”.

Nós podemos entender melhor o significado destas palavras ao entendermos uma outra escritura, no Livro de Mórmon, em 1 Néfi 22:17-19:

“Portanto ele preservará os justos pelo seu poder, mesmo que venha a plenitude de sua ira e os justos tenham de ser preservados com a destruição dos seus inimigos pelo fogo.

Os justos, portanto, não precisam temer, porque assim diz o profeta: Eles serão salvos, ainda que seja por fogo.

Eis que vos digo, meus irmãos, que estas coisas acontecerão brevemente; sim, haverá sangue e fogo e vapores de fumaça; e é preciso que seja na face desta Terra; e isto acontecerá aos homens de acordo com a carne, se eles endurecerem o coração contra o Santo de Israel.

Porque eis que os justos não perecerão; pois certamente tempo virá em que hão de ser afastados todos os que lutarem contra Sião”. Ou seja, o Senhor prometeu nos salvar se formos justos, dignos, honestos.

As escrituras nos ensinam o que é ser um homem digno. Lemos no Guia de estudo das Escrituras na página 118: “Ser reto, santo, virtuoso, íntegro; agir em obediência aos mandamentos de Deus; evitar o pecado”.

Aqueles que conseguem fazê-lo recebem uma recompensa, escrita em Romanos 2:13: Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.

Ou seja: quem é justo não precisa temer. Precisamos dia após dia ser mais obedientes, e o Senhor nos promete que seremos felizes. É claro que teremos dificuldades pela frente. Talvez não como as de Abinádi, nem como a de Sadraque, Mesaque e Abednego. Mas qualquer que ela seja, pode ser superada.

Para encerrar, o Elder Richard G. Scott, do Quórum dos Doze Apóstolos, deixou-nos algumas palavras que estão na Liahona da Conferência Geral de Abril de 2009: Vejamos o que ele nos disse:

“Há quatorze anos, o Senhor levou minha esposa para o outro lado do véu. Amo-a de todo o coração, mas nunca reclamei, porque sei que foi a vontade Dele. Nunca questionei o porquê, mas perguntei o que Ele deseja que eu aprenda com essa experiência.

Creio ser uma boa forma de enfrentar as coisas desagradáveis em nossa vida: sem reclamar, mas agradecendo ao Senhor pela confiança que Ele deposita em nós quando nos dá a oportunidade de vencer as dificuldades.

Há quatorze anos, o Senhor decidiu que não era necessário que minha esposa continuasse nesta Terra e, por isso, Ele a levou para o outro lado do véu. Confesso que há momentos em que é difícil não poder falar com ela, mas eu não reclamo.

Nos momentos importantes da minha vida, o Senhor tem-me permitido sentir a influência dela, através do véu”.

Quero encerrar prestando um testemunho de que sei que essas coisas são verdadeiras. Sei que Deus vive. Ele nos deu Jesus Cristo para nos salvar. Sei que Joseph Smith foi um profeta. O Livro de Mórmon é a prova de que essa igreja é verdadeira. Em nome de Jesus Cristo, Amém.

Ronaldo Thomé
Enviado por Ronaldo Thomé em 26/11/2012
Código do texto: T4005910
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.