Rascunhos de um diário 8
Eu nunca me privei de um novo amor por ele manter semelhanças com um antigo. Contanto que seja naquilo que me fazia bem, eu não vejo mal algum. Eu sempre busquei viver uma nova história após algum término, até pelo fato de não querer repetir os erros. Por receio. Sempre procurei pessoas que me fizessem feliz de uma forma diferente, sem semelhanças brutas com o meu passado. Mas percebi que nesse mundo nos reinventamos. Nem todo mundo é igual, mas carregamos muitas vezes semelhanças em nosso intimo. Seja pelo meio que vivemos cercado, pelo gosto, opinião. Tantas coisas. Então, eu decidi não me privar mais de amar alguém por este alguém me arrematar sensações boas de histórias que um dia eu vivi. Isso não interfere a minha felicidade em outras fontes provenientes desse novo amor, somente pq ele me faz rir como o outro um dia fez. Isso não o torna incapaz de me fazer feliz e nem de me satisfazer em todas as áreas da minha vida. Afinal nem todo fim é ruim. Alguns são até bons e nos permitem sobreviver e retirar coisas boas dele. Grandes lições. Algumas coisas se salvam. Algumas pessoas permanecem por nos fazer bem, são mantidas em forma de lembrança boa, viram amigos, memórias de um sorrir. Algumas pessoas permanecem, são vistas de outra forma diferente da que um dia foram vistas. Algumas lembranças ficam, não como semelhanças, comparações mas como motivos, estímulos para nos fazer buscar mais uma vez aquele sentimento, que só conhece quem um dia amou. Não encaro meus relacionamentos antigos como uma espécie de respaldo, não mantenho como padrão, respaldo, busco coisas novas, pessoas novas, uma história nova. Mas não me privo das coincidências que a vida traz, elas podem ser boas, elas podem me ajudar a ser feliz.