Pão pão, queijo queijo
O caminho era fabuloso. Repleto de crocâncias e elásticos que me lembravam daquelas tão coloridas brincadeiras de criança. Eu não sou uma criança. Nem quero. Ao viver aqui, entre baratas e pés humanos, verdadeiramente num buraco, minha pobre existência perpassava pelo perigo.
Amigos meus dizem que o inferno é ruim. Eu até acho que aquela polenta fervente é uma boa banheira! Triste é saber que resido em área de risco, constantemente quase fuzilado, quase esmagado, quase satisfeito. Cheguei ao ápice da minha saga. Aquele derretido inteiro latente na minha boca... Como beijo é bom.
Gripe que é insuportável. Estou foneticamente deficitário. Isso que eu nem falava! Correndo para cá e para lá, agarrei a Fiorella – minha gatinha – de supetão, para pularmos juntos, o mais alto que um gafanhoto pudesse alcançar. Puf!
Imaginar que eu poderia ser deglutido a qualquer vil momento era estupidamente masoquista, porém muito real.
De repente, Carmen começou seu fúnebre lírico. "Ais", "uis" e scarpins taqueando o chão, ouvi por ainda uns 3 segundos.
Ratoeira, não!!!