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"Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!"
Roberto Carlos



EMOÇÕES

Pertencemos todos a uma mesma raça. Somos humanos. Sermos humanos, implica termos emoções - embora eu acredite que as emoções são inerentes a todas as criaturas vivas - quem convive com animais sabe o quanto eles as expressam.

Estamos aqui, tentando sobreviver e aprender um pouco mais sobre a vida, sobre nós mesmos e sobre quem nos cerca. Acho importante mantermos os corações abertos a mudanças, sempre, pois assim, aprenderemos mais rapidamente. É claro que existem algumas respostas para as quais não estamos (e talvez jamais estejamos) prontos, mas mesmo assim, elas fazem parte do nosso viver.

E estando aqui, todos juntos nesta caminhada, estamos sujeitos a tudo o que a vida oferece: alegrias, tristezas, medos, espantos, amor, simpatias, antipatias, esperança, desespero, enfim, em nossa vivência, cada um de nós experimentará, mais de uma vez, estes e outros sentimentos e emoções.

Mas caímos sempre no erro de que, para sermos verdadeiramente felizes, precisamos negar a tristeza. Para amar, precisamos negar o ódio. Para sermos corajosos, precisamos negar o medo. Cada emoção tem um oposto. Sem os seus  opostos, as coisas não se completam, pois precisamos deles para que possamos contrastar e identificar nossos sentimentos e emoções.

Acho que o importante, é que estejamos presentes em nós; que possamos ser verdadeiros a respeito daquilo que sentimos, a ponto de podermos dizer, sem medo: "Estou triste," "Estou alegre," "Estou zangado," "Estou em dúvida."  Se estamos tristes e fingimos estar alegres, estamos sufocando um sentimento que precisa ser trazido à tona, vivido, compreendido e superado. Só assim poderemos aprender com ele. E quando estamos alegres, melhor ainda: podemos - e devemos - partilhar a nossa alegria! 

Mas neste momento, melhor sermos cuidadosos, pois a alegria pode ter uma força explosiva na vida de quem está tendo o seu momento de tristeza... precisamos ter sensibilidade para não nos impormos aos outros. É indelicado, eu penso, chegarmos cantando a um funeral (esta é apenas uma imagem). 

Procuro respeitar os meus momentos, e acolho a minha tristeza e a minha dor e o meu medo, da mesma maneira que acolho a minha alegria, a minha certeza, a minha paz: de braços abertos. De braços abertos para a vida, sem negação.


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Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 20/11/2012
Reeditado em 20/11/2012
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