O Presságio

O sonho – História verídica

A diretoria da empresa me convocou para uma reunião e determinou que deveria ser feito um estudo e normas para coibir os furtos e desvios de materiais e produtos por funcionários do departamento de assistência técnica à clientes.

Alguns funcionários autorizados transportavam em suas valises e malas, peças para testes ou serviços de urgência para clientes, e as vendia sem prestar contas á empresa. As saídas das mercadorias vezes ou outra eram registradas na portaria sem controle de retorno.

No dia seguinte levantei informações da rotina e procedimentos usados para saídas da empresa, de mercadorias para testes e serviços de urgência por funcionários da assistência técnica, evitando comentários e suspeitas sobre o assunto.

Naquela noite tive um enigmático sonho enquanto dormia;

No sonho eu recebia um tiro de revolver vindo em minha direção, um clarão enorme, o local era muito escuro, naquele momento senti algo entrar em meu tórax, coloquei a mão sobre o ferimento, e com muita calma exclamei:

- Engraçado, não aconteceu nada.

Acordei naquele momento, horas depois fui trabalhar no horário de sempre.

Estava na minha sala, sentado fazendo o meu trabalho, quando o Ramón, um espanhol, conhecido pela sua valentia e violência, funcionário do Setor de Assistência Técnica, entra e se dirige a mim suas palavras, proferindo sua desconfiança. Dizendo;

- Sr. Osvaldo estou sabendo que você esta investigando furtos e roubos de mercadorias da empresa e que sou suspeito desses desvios.

Era de conhecimento público e notório entre os funcionários da empresa que o pessoal da assistência técnica portava armas de fogo.

- Calmamente respondi a ele que o meu trabalho era formalizar uma rotina para a portaria através de norma escrita. Continuamos conversando durante muito tempo, Ramón agradece nossa conversa dizendo que estava atrasado para visitar seu cliente.

Á noite quando cheguei, minha esposa estava ansiosa aguardando minha chegada, ela disse que passou o dia todo querendo me telefonar, mas não teve coragem, teve mau presságio. Disse ainda;

- Ontem à noite quando você chegou e sentou se no sofá da sala eu tive por um instante uma visão, você estava ferido escorrendo sangue do seu peito, manchando a branca camisa.

Um mês depois, o Ramón entra novamente em minha sala dizendo que estava deixando a empresa e me convidou para visita-lo em sua casa numa pequena cidade do interior.

“Os nomes citados são fictícios”.

NOSLEN OLEBAR
Enviado por NOSLEN OLEBAR em 20/10/2012
Reeditado em 02/08/2015
Código do texto: T3942161
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