MORTES SÃO MOMENTOS

A morte é um estranhíssimo e grande portal

Por ela passaram os grandes mártires da história

Assim como os pequenos ladrões reis da escória

A dor da perda pra quem fica rança

É como ter que passar todos os dias

Pelo moedor da lembrança

A morte como paixão de amor proibido

Passageira como ventania que leva um pouco da gente

E deixa uma extensão que nos liga a um templo perdido

Os que permanecem mais presentes

Em nossas vidas

São os ausentes...

Nosso aniversario de conversão

É um ultimo relicário de velas acesas sob o túmulo lapidário

Sob a mesa o corpo estendido no chão...

Olhar... É algo que temos

Que deixar flutuar

É quando fechamos os olhos que vemos...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 14/10/2012
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