MORTES SÃO MOMENTOS
A morte é um estranhíssimo e grande portal
Por ela passaram os grandes mártires da história
Assim como os pequenos ladrões reis da escória
A dor da perda pra quem fica rança
É como ter que passar todos os dias
Pelo moedor da lembrança
A morte como paixão de amor proibido
Passageira como ventania que leva um pouco da gente
E deixa uma extensão que nos liga a um templo perdido
Os que permanecem mais presentes
Em nossas vidas
São os ausentes...
Nosso aniversario de conversão
É um ultimo relicário de velas acesas sob o túmulo lapidário
Sob a mesa o corpo estendido no chão...
Olhar... É algo que temos
Que deixar flutuar
É quando fechamos os olhos que vemos...