Rascunhos de um Diário 1

Não há como amar de leve, de tiquinho. O amor requer profundidade, entrega, requer conhecimento do outro, dos seus erros e acertos, qualidades e defeitos, gostos e desgostos. Não gosto da ideia de aceitar alguém em minha vida sem antes conhecer bem essa pessoa. Sem saber se somos compatíveis. Aceitar alguém por aceitar não é bem o que procuro. Não gosto de estar acompanhado por medo da solidão apenas. Precisam existir motivos maiores e melhores. Motivos que a maré não leve. Motivos verdadeiros, sinceros e bem convincentes de que estou indo pelo caminho certo, com a pessoa certa. Palavras não me conquistam, não me ganham, nem me comovem. É preciso mais, muito mais. E confesso que muita paciência. Sou desses que precisa ser lido por diversas vezes para chegar em uma conclusão correta. Em uma definição justa e coerente com a minha realidade.

A insegurança tende a quebrar e deixar em estilhaços aquilo que ela encontra pelo caminho. Tende a gerar dúvidas cruciais. Ela tende a adulterar as balanças da razão, e brincar com os sentimentos. E eu não estou mais disposto a correr certos riscos pelo meu bem estar, pelo bem estar do meu coração. Meu travesseiro anda repleto de lembranças de lágrimas, preciso trocá-lo. Preciso repaginar, mudar os ares, os lugares e certas companhias. Quem sabe seja o momento de cuidar mais de mim, das minhas coisas. Deixar as pessoas um pouco de lado. Tratar minhas feridas, vê-las sarar. Quem sabe seja a hora de mergulhar mais em mim, me perder para quem sabe assim me encontrar de vez. Dessa vez de uma vez por todas.

Reges Medeiros
Enviado por Reges Medeiros em 04/10/2012
Código do texto: T3915015
Classificação de conteúdo: seguro