Exaustivamente

Quer saber? Talvez, essa percepção seja a minha deterioração. Mas também não quero trajar a realidade com um cenário de polida ilusão.

É óbvio, digamos, CINTILANTE EM LETRAS MAIÚSCULAS e eu, prendada na minha reserva resguardada, só queria crer no que fazia bem, acabei por não QUERER perceber.

Eu sou peça, coisa, meio, OBJETO, o que quiser designar, da situação e para todo mundo. E com toda razão do mundo, esgotada e completamente extenuada. Estão "vestindo", adornando, enroupando uma INTEIRA e ABSOLUTA PERFÍDIA com palavras de amor, afeto que na exatidão do mais íntimo, lá no fundo, NÃO EXISTE. É SENTIMENTO ARRANJADO, sou apenas uma consequência, uma inferência assim como uma DEDUÇÃO de um sentimento ou uma SENSAÇÃO que lutam para que seja concebida em mãos como dádiva divina, mas não é. Então batalham. E nesse combate eu sou o escudo e também o instrumento de ataque.

Mais... Eu nunca deveria ter expulsado a qualidade veraz da minha percepção, que ingenuidade minha achar que a intuição merecia exceção. A bondade só é tolerada e só estancia em textos bonitos - para que humanidade não apodreça por completo. Não há objeção ou contestação, as pessoas são maldizentes, só atendem aos próprios interesses e brindam com castidade. As virtudes não tem faculdade, muito menos expansão. Se tu és indulgente, sem artifícios de maldade, se és crédulo e humano (sentido íntegro e ILUSÓRIO), tu és na verdade, um estúpido, um palerma. E é isso que eu sou, exaustivamente, sou.

zn
Enviado por zn em 10/09/2012
Código do texto: T3874457
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