Grandes Jornais do Passado

O jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, publicou em novembro de 1921 uma série de supostas cartas do então governador de Minas Gerais, Arthur Bernardes, com pesadas ofensas a oficiais do Exército brasileiro. O CM era dirigido por Edmundo Bittencourt.

No princípio, o Romantismo

Assim como os primeiros diários do mundo surgidos na Alemanha e na França, a imprensa do Brasil publicava, em seu início, mais textos literários do que notícias. Mesmo porque a divulgação de ficção e poesia em jornal, costumava preceder então sua edição em livros, ou servia como carta de apresentação de poetas iniciantes na imprensa ocidental em geral do Século XIX.

Aconteceu, por exemplo, do editor Paula Brito, do jornal Marmota Fluminense, que circulava no Rio de Janeiro, publicar na folha o poema de um menino de 16 anos chamado Joaquim Maria Machado de Assis. Vale acrescentar que ao poeta prematuro sucedeu o repórter, jornalista, cronista e crítico teatral do Diário do Rio de Janeiro e da revista Semana Ilustrada, até a consagraçao como escritor em Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas e Memorial de Aires, entre outros.

Coube entretanto à Gazeta de Notícias, um dos primeiros jornais do país, da então capital do Império, Rio de Janeiro, publicar ao longo de dezenas de edições, no ano de 1888, a íntegra do romance O Ateneu - clássico da Literatura Brasileira escrito por Raul de Ávila Pompéia. Os capítulos apareciam no jornal acompanhados inclusive de ilustrações do autor.

Já célebre, Machado de Assis reconheceu nos capítulos publicados no jornal um escritor de primeira. Vale dizer que a Proclamação da República aconteceu no ano seguinte. E Pompéia foi um dos seus mais ardorosos defensores já no próprio romance.

Autobiográfico a clef (o herói, a escola e quase todos personagens são verdadeiros com nomes fictícios) o romance de Raul Pompéia rompeu com todos padrões da época, fato reconhecido no Brasil e logo em Portugal, onde a Gazeta também chegava.

Passando a frente

A 2ª dentição da Revista de Antropofagia circulou como página semanal do Diário de São Paulo, em 1929, tendo como secretários “açougueiros” : Geraldo Ferraz, Jayme Adour da Câmara e Raul Bopp.