Dia13 - R
Represente um personagem e será como eu!
Um personagem é ser e não ser, é representar algo ou alguém. Assim sou eu, amigo do Assim e seu igual mesmo diferente. Ele não se representa, apresenta-se quando lhe apetece, eu não me apresento e represento-me sempre.
Agora ando a escrever uns “ensaios”, uns textos que não contam histórias, são o que sou: a sua própria história. A descoberta dum leitor a olhar para as letras, a ver palavras e a pensar que são... o que quiser: as minhas tretas. Do que tratam?
Tratam do SE/se do meu criador levado da exaustão à continuação do infinito desejo da extensão, mas traçando os limites dum conjunto em compreensão: esta... Sou o meu próprio limite, uma criatura, uma criação divina?
Adivinhem os que beberem água-benta!? Não conheço ninguém que o faça, talvez exista alguém, por graça?
Ermita comendo da marmita, também eu sou um discípulo do Assim. Tentando igualá-lo, tentei... Apresentei-me. Mesmo sabendo que nunca serei mais do isto, um personagem.
R

Dia14 - R.1
Leia-se, R índice 1.
Sempre gostei do "leia-se", sugere subliminar/ (subliminarmente) que quem lê lendo, se leia. Isto que lê vai nessa onda…
- Sr. Adriano?
- O próprio…
Está apresentado o Sr. Adriano, deste modo faz-me apanhar uma segunda onda. Isto é melhor que o "surf", voltemos à onda anterior.
Imagine: "O que escreveria no Dia de São Valentim?", faça-o em todas as direcções e eu penso por mim: "Oferecer-lhe-ia uma rosa, uma rosa-dos-ventos!"
Como?... Assim, depois de nos sentarmos à mesa, à luz da vela, diria:
− Estou com sede, brindemos, mesmo com água… A beleza, a transparência, a frescura nos acompanhem em todos os dias do ano!
R

Dia15 - da vida
"Let it be" > Mary Pi!
A memória construo-a de imaginação, a imaginação desconstruo-a e, o truísmo, quando existe - é uma ameixa branca, saborosa e doce (amarela, como elas são)!

tem a música na ponta dos dedos
vem-lhe da memória a fluir
vinda de onde ficou
da vida
em idas e vindas ao infinito
dos instantes onde se bebe a poesia
(a ave com sabor a céu e azul)!


{em FEVEREIRO 2007
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/366284}
Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 15/02/2007
Reeditado em 20/02/2007
Código do texto: T382758