Lado oculto do ser

Lado oculto do ser

Guida Linhares

Tudo o que é oculto

instiga a imaginação.

Voce que me pede que eu fale

sobre o lado oculto da mulher,

te pergunto:

O que estarias escondendo

de ti mesma?

Todos, homens e mulheres

temos os nossos segredos,

que nem a nós mesmos confiamos.

Ás vezes pensamentos arredios,

dispersos, crués, tentadores.

Outras tantas situações

que chegam até nós,

merecendo uma reflexão qualquer,

sob a melhor forma de

equilibrar razão e emoção.

Somos seres adaptáveis

e porque não dizer que

tudo o que mais queremos

é a doce felicidade.

E que quando ela está longe,

ou parece que nunca chega,

movimentamos os fantasmas

do nosso porão inconsciente

e a eles pedimos arreglo.

Que inúmeras vezes trilhamos

o caminho que nos parece o melhor.

E ao dobrar a esquina,

nos defrontamos com a cruel verdade.

E lá no fundo o veneno da raiva,

da mágoa ou do rancor

tenta corroer as entranhas,

antes tão suavizadoras?

Somos seres humanos falhos,

navegando num universo

que se transforma a cada instante.

Em nosso lado oculto

habitam muitos de nossos defeitos,

mas também potencialidades

que ainda não conhecemos.

Carl Jung em sua teoria dos Arquétipos

nos traz a Sombra como sendo

a matriz de nosso lado oculto.

E diz ainda que não devemos

temê-la e sim reverenciá-la

para que possamos nos conhecer

cada vez melhor e assim sendo,

saberemos exatamente quem somos,

o que escolher e com quem partilhar

o doce favo da felicidade.

Santos/SP

14/02/07

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 14/02/2007
Reeditado em 14/02/2007
Código do texto: T381253
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