CANTIGAS DO TROVADORISMO EM http://www.clickideia.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=25265
Literatura para os anos 1A e 1B.
Olá, bem-vindo, meu aluno, minha aluna!
Veja os conteúdos de Literatura.
Boa leitura, que “a casa sem livro é como corpo sem alma”, afirmava Cícero, filósofo romano que viveu antes de Cristo.
Cultura, culturas e globalização
http://www.clickideia.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=16101
Quando de tratamos de cultura de um ponto de vista filosófico, falamos de algo que pode ser entendido como o conjunto de tudo aquilo que foi e tem sido produzido pelo homem durante toda a sua história: das artes, da política, da moral, do trabalho, daFilosofia, das ciências, etc.
Isto significa que usamos o termo cultura como aquilo que, de uma maneira geral, caracteriza a existência humana.
Existe entretanto um modo mais particular de cultura, um uso um pouco mais restrito deste conceito e que também nos interessa muito: o da cultura como aquilo que caracteriza determinado povo, determinada região ou país.
É neste sentido que usamos cultura quando dizemos a cultura brasileira, a cultura alemã, ou a cultura indígena, por exemplo.
A cultura de um povo dirá portanto sobre aquilo que o define: dirá sobre a moral, a política, as artes, mas de um ponto de vista muito particular, que diz respeito às construções realizadas em determinado lugar e que acaba por caracterizá-lo.
Podemos usar o exemplo do samba para ilustrar a nossa questão: o samba é um ritmo brasileiro, que nasceu aqui por conta de questões artísticas e sociais que diziam respeito somente ao nosso povo e que acabaram proporcionando as possibilidades necessárias para que esta criação ocorresse.
É difícil, ou quase impossível acreditar que o samba pudesse ter nascido na Itália por exemplo: não havia condições históricas para que isto acontecesse.
Assim ocorre também, em um outro exemplo, com a religião. Convivemos pacificamente com várias delas: católicos, protestantes, judeus, muçulmanos. Há liberdade de culto, o que sabemos não ocorrer em muitos lugares do mundo.
E por que há esta liberdade? Ora, o Brasil é um país de imigrantes: quase toda a nossa população tem origem em outras terras. Somos filhos, netos e bisnetos de pessoas que vieram de outros lugares do mundo.
Elementos da tradição definem traços culturais de um povo
Esta mistura fez com aceitássemos melhor as diferenças, já que seria impossível viver sem elas.
Todos estes exemplos dizem respeito aos traços que caracterizam certa cultura, sendo que vários são os elementos que vão influenciar no desenvolvimento e na definição destes diferentes traços: clima, localização geográfica, imigração, as relações humanas dentro da própria cultura, etc.
Tais traços, com o avançar da história, acabam por se tornar cadavez mais marcantes e definidores desta ou daquela cultura. Isto entretanto até chegarmos no momento em que as novas tecnologias de informação causaram uma revolução nestas formas de definição cultural. A este processo revolucionário deu-se o nome de Globalização.
Mas como isto ocorreu e quais o seus resultados para todo este universo de diferentes formações culturais que acabamos de mostrar? É o que veremos a seguir.
LITERATURA LATINO-AMERICANA
http://www.clickideia.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=22134
Infelizmente, a cultura hispano-americana é uma ilustre desconhecida da maioria de nós brasileiros.
Embora sejam nossos vizinhos mais próximos e possuam muitas afinidades e uma história de dominação e desigualdades bastante parecidas, podemos dizer que, culturalmente, ainda há muita distância.
Pablo Neruda, poeta chileno
Um bom exemplo está na Literatura. A maior parte dos escritores hispano-americanos é desconhecida para nós.
Pode soar estranho, mas somente quando um deles faz sucesso e é reconhecido na Europa é que passamos a saber de quem se trata. Ou seja, não olhamos para o lado, mas continuamos mirando no velho continente a nossa referência cultural. Foi assim com Garcia Marquez e com Júlio Cortázar. É assim quase sempre.
Por isso, é fundamental para nós lermos mais autores latino-americanos. Aqui, você vai encontrar um pouco sobre a vida e a obra de alguns deles. Autores dos outros países da América do Sul, como Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia, e autores importantes da América Central e do Caribe.
Viaje pela América Latina e descubra mais sobre nossos vizinhos, através da Literatura.
http://www.clickideia.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=21352
São muitos os escritores sul-americanos importantes. Seria impossível tentar colocar todos aqui. Por isso, optamos por tratar de alguns autores de diferentes países de nosso continente, para que possamos ter uma ideia da variedade da produção literária existente em nossos países vizinhos.
Alguns autores, como o colombiano Gabriel Garcia Márquez, o chileno Pablo Neruda e os argentinos Jorge Luis Borges e Julio Cortázar, já são bastante conhecidos do público em geral. Assim sendo, traremos, logo abaixo, um pouco mais da diversidade sul-americana na literatura.
Mario Vargas Llosa
Peru
Mario Vargas Llosa - escritor consagrado em seu país e na Europa, vencedor de diversos prêmios importantes. Seu livroPantaleão e as Visitadoras teve uma recente adaptação para o cinema, bastante interessante. Outros livros de sua autoria são A Casa Verde e Guerra no Fim do Mundo, uma ficção do autor, criada a partir da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha.
Ainda no Peru, mas com um enfoque mais indígena, temos José Maria Arguedas. Com Os Rios Profundos, Arguedas fala dos camponeses andinos, descendentes do incas, e da história de sua dominação.
Paraguai
Augusto Roa Bastos - Autor de Eu, o Supremo, livro que traça um retrato em primeira pessoa de um ditador sul-americano, exemplar de um caráter muito comum na América Latina. Esse livro foi muito premiado e serviu de referência para toda uma geração de autores.
Uruguai
José Enrique Rodó - Autor de Ariel; publicado, originalmente, em 1900, o livro foi um verdadeiro sucesso em sua época. De acordo com o escritor mexicano Carlos Fuentes, o livro teria sido uma espécie de resposta ao imperialismo norte-americano.
Capa de Huasipungo
Bolívia
Alcides Arguedas - O livro modernista Raça de Bronze merece uma leitura atenta. Trata-se de um dos principais clássicos da literatura boliviana, denunciando a exploração constante sobre a população indígena. A leitura desse livro nos aproxima da Bolívia de Evo Morales e nos faz compreender o outro lado da história.
Equador
Jorge Icáza - Autor de Huasipungo, livro muito bem conceituado. Ele narra a história do índio André Chiliquinga e sua família, realizando uma verdadeira denúncia social contra os latifundiários.
Venezuela
Rómulo Gallegos - Escritor venezuelano que também teve intensa atuação política em seu país, tendo se tornado presidente da república. Autor de Dona Bárbara, obra-prima do autor.
TROVADORISMO
http://www.clickideia.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=22489
Você se lembra do primeiro contato que teve com a Literatura?
Provavelmente, foi quando seus pais e familiares cantavam cantigas de ninar. E depois, quando você aprendeu cantigas de roda.
As cantigas são manifestações literárias e foram elas que começaram a literatura em língua portuguesa!
Ainda durante a Idade Média, quando Portugal estava se formando - e junto com ele a língua portuguesa -, as cantigas foram as principais expressões literárias.
Mas no começo elas não eram escritas. Eram apenas cantadas!
Os trovadores faziam versos em homenagem às suas amadas, acompanhados de instrumentos como por exemplo flautas, alaúdes e pandeiros.
Assim, podemos dizer que no seu começo, a Literatura era oral e não escrita. Isso porque as cantigas são de fácil memorização e eram passadas de pai para filho, de geração para geração.
Depois de um tempo, as letras dessas cantigas começaram a serescritas (documentadas), e é por isso que atualmente nós conhecemos a Literatura da Época Medieval: o Trovadorismo.
CANTIGA DE AMIGO
http://www.clickdeia.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=9935
Diferente das CANTIGAS DE AMOR e as cantigas de amigo tinham origem mais tradicional e popular.
Nesse gênero, o eu-lírico era feminino: a mulher cantava os sofrimentos pelo homem amado. Isso não significa que eram as mulheres que faziam os poemas. Ao contrário, eram sempre homens que os faziam e este era apenas um recurso poéticoutilizado pelos trovadores.
Por ter origem mais popular, as cantigas de amigo possuíam algumas características bem próprias. Geralmente se passavam no campo, onde uma moça lamentava a ausência do amado.
Outra característica era o fato de apresentarem estrutura mais simples. Muitas vezes elas possuíam "refrão", isto é, uma frase que se repetia ao longo do poema. Veja o exemplo abaixo:
Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo?
Ai, Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
Ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo?
Ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que m'á jurado?
Ai, Deus, e u é?
- Vós me preguntades polo voss'amigo?
E eu ben vos digo que é san'e vivo.
Ai, Deus, e u é?
Vós me preguntades polo voss'amado?
E eu ben vos digo que é viv'e sano.
Ai, Deus, e u é?
E eu ben vos digo que é san e vivo,
e será vosc'ant'o prazo saído.
Ai, Deus, e u é?
E eu ben vos digo que é viv e sano
e será vosc'ant'o prazo passado.
Ai, Deus, e u é?
Dom Dinis
CANTIGA DE ESCÁRNIO
Você sabe o que é sátira? A sátira é uma crítica, geralmente bem humorada, a certas pessoas ou instituições.
A sátira em língua portuguesa começou já na poesia trovadoresca. Ou seja, desde o começo da Literatura Portuguesa se tem o hábito de criticar. Naquela época, existiam dois tipos de poesias satíricas: a cantiga de escárnio e a cantiga de maldizer.
A cantiga de escárnio era uma sátira feita de maneira mais sutil, sem revelar o nome do criticado, utilizando às vezes duplo sentido.
Ai dona fea! fostes-vos queixar
Porque vos nunca louv'en meu trobar
Mais ora quero fazer un cantar
En que vos loarei tôda via;
E vêdes como vos quero loar:
Dona fea, velha e sandia!
Ai, dona fea! se Deus me perdon!
E pois haverdes tan gran coraçon
Que vos eu loe en esta razon,
Vos quero já loar tôda via;
E vêdes qual será a loaçon:
Dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
En meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já un bem cantar farei
En que vôs loarei tôda via;
E direi-vos como vos loarei:
Dona fea, velha e sandia!
Joan Garcia de Guilhade
Obs: Gregório de Matos, o boca de brasa ou do inferno, aproveitou das cantigas de escárnio para fazer suas poesias sátiras e de deboche.
Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer era mais direta, geralmente identificando a pessoa satirizada. A linguagem utilizada também era mais agressiva, sem muito espaço para ironias e duplo sentido.
Foi un dia Lopo jogral
a cas d'un infançon cantar
e mandou-lhe ele por don
dar três couces na garganta,
e fui-lh' escass', a meu cuidar
segundo como el canta.
Escasso foi o infançon
en seus couces partir enton,
ca non deu a Lopo enton
mais de três na garganta,
e mais merec' o jograron,
segundo como el canta.
Martim Soares
CANTIGAS DE AMOR
As cantigas de amor apresentavam o eu-lírico masculino. Ou seja, o homem cantava os seus amores pela mulher amada.
Mas isto era feito de uma forma bem típica:
- o trovador se colocava como servo, vassalo da mulher amada, chamando-a de "Senhor" em sinal de respeito;
- ao longo do poema, ele lamentava seu sofrimento de amor;
- o amor cantado é sempre impossível.
Assim, as cantigas de amor tratavam das relações amorosas refletindo a estrutura da sociedade da época, na qual era comum a vassalagem.
Ao contrário das cantigas de amigo, as cantigas de amor tinham origem mais nobre, tendo surgido nos círculos palacianos. Por isso, embora o poeta se colocasse como servo e de uma classe inferior à mulher amada, era apenas um recurso poético. Geralmente elas eram compostas por nobres.
Veja a seguir dois exemplos de Cantigas de Amor:
Estes meus olhos nunca perderán,
senhor, gran coita, mentr’eu vivo for;
e direi-vos fremosa mia senhor,
destes meus olhos a coita que han:
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
Guisado teen de nunca perder
meus olhos coita e meu coraçon,
e estas coitas, senhor, mias son:
mais los meus olhos, por alguen veer,
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
E nunca já poderei haver ben,
pois que amor já non quer nene quer Deus;
mais os cativos destes olhos meus
morrerán seca mi fazerdes bem.
Pero sempre vompre por veer alguen:
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen
João Garcia de Guilhade
____________________________
ATIVIDADE
Um texto deverá ser produzido por grupos de 3 a 5 alunos, e este poderá ser publicado no Blog do Professor.
Enviar para joseboscolpp@bol.com.br
Coloque no e-mail seu nome e o motivo ou a matéria escolar que você faz e sua turma.
Agradecido,
Prof. João Bosco