Dubio. Tão dubio.
Dúbio... Dúbio.... Tão dúbio
Assim como o indeciso, o indefinido e por consequência o duvidoso. Como a enciclopédia que externa e dá valor a nossas reais intenções vezes treinado.
--Dúbio. Tão dúbio.
Sozinho numa sala pareço enxergar situações duais o tempo todo. Veja o exemplo do pensamento que prega uma peça em mim em plena atividade: lavando os pratos. Ou quem sabe quando vou comer e penso no divino: --Humm, digo eu, --Estou satisfeito, "Graças a Deus". Ou quem sabe quando escrevo um texto sério e estou a pensar em mar, natureza, liberdade perversão.... Quantas possibilidades!
Raso, profundo, teórico, momento; --O que posso ser além da multiplicidade de sentidos que agora me ponho a investigar?
Saiu-se minhas fervuras. Vejo o tempo, meu corpo, o dos outros, o chão, os olhos. Enquanto isso calculo o tempo, meço larguras, quantifico necessidades, posterizo minha felicidade, desconcerado eu concerto, tolero e venero. Já nas passagens penso nos caminhos, invento histórias de um mundo morto, me proponho a ser real, infinito, encantador, sistemático.
O que me parece ser mais instigador no dual é o ato de fazer cálculos do futuro e gozar de nostalgias do passado. Só assim posso ser qualquer coisa. O objetivo básico é que não seja o que devo ser enquanto fôlego me resta a correr levianamente na força do acaso. Que coisa! Parece-me que nunca somos o ser do instante. Aliás, o instante nem existe. --Já passou! Sim. -Ufa! Deixe-meeu voltar a minha mente. Assim dizia Heráclito: "Tudo é movimento"
Haja vista que todos que me antecederam me deram meus caminhos, o que não me deixa a idéia de ter a ousadia de Parmênides que por um instante de glória, por um ideal poético encantador, subjetivamente encenou seu desfecho sobre a vida: “O Ser é."
“Não foi, nem será, O ser apenas é”.
Pois bem, não pretendo aqui entrar em teses que em suma não vão dar em nada. Pretendo terminar o texto que me propus, e assinar o dúbio como uma grosseira forma de ser enquanto escravo. Sou de mim alterando o fim, e dos meus antepassados que me prenderam no que posso dizer. Fizeram cercas para que não pulássemos.
Vou terminar o texto, pois não consigo mais ser eu. Tenho atribuições, preciso mergulhar em idéias novas, e o dual do futuro á agora a minha dualidade da minha credulidade.