DE MEU VENTRE...
Filhos de meus traços
Desenhados num só espaço
Permitido papel e caneta
Filhos tão amados - paridos
Feto e afeto tão grudados
Revirados fatos da vida
Gerados em minha barriga
Guardados dedos estalados
Crescem tal qual bebês
Copulados paixão vermelha
Sangue sem identificação
Ventre sem tantas razões
Nasceram versos e versos
Todos são amados e como
Gerados minhas entranhas
estes filhos enclausurados
numa folha de papel de riscar
No amor feito da tinta de muito amar...