O CISNE
Dia desses eu estava tomando café na minha padaria costumeira e uma coleguinha de um de meus cursos (eu sempre estou fazendo 2 ou 3 cursos de alguma coisa) perguntou se podia sentar comigo.- É claro que pode. Respondi.
É uma menina de uns 14 anos, super tímida, até fiquei surpresa de ela querer companhia!
Entre um gole de café e uma garfada de bolo fomos conversando, e ela foi se soltando...começou a contar do que gosta, que lê um monte, que escreve poesias...fui ficando mais e mais surpresa. Aquela menina de 14 anos estava lendo Camões!!! Falamos de diversas coisas e eu cada vez mais impressionada com tanta cultura em alguém tão jovem.
Perguntei como era o relacionamento dela c/os jovens de sua idade e ela ficou triste. Não tem amigos e o pessoal da escola chama ela de 'CDF".
Parecia que eu havia entrado em um túnel do tempo e estava falando comigo mesma quando eu tinha essa idade. Lembrei de como eu não me adaptava, como mentia sobre minhas notas (para menos, pode?). Como não havia ninguém para conversar!! E como é sofrida a solidão quando a gente é jovem e imaturo e tudo que se quer é ser como todo mundo, e ...não se é.
Falei um monte com ela, porque eu entendo a situação perfeitamente:
Ela não consegue se adaptar porque é diferente, só que ela não é menos que os outros, o problema é o que ela tem a mais, e ela tem mais cultura, mais informação, usa a cabecinha para pensar. Sim! Porque por incrível que pareça, após milhões de anos de evolução até nosso cérebro ficar como ficou, tem gente que não o usa.
E como o normal é a mediocridade, para sermos "normais" temos que ser medíocres!!
Só que é impossível alguém com alguma cultura retornar, nós não "involuimos", não voltamos para trás, o processo de aprendizado é sempre em direção à frente e ao alto.
Não significa, é claro,que tenhamos que nos isolar do resto do mundo, mas não podemos entrar em um processo de baixa auto-estima devido justamente à nossas qualidades. É o fim da picada!! Como se diz lá no Sul.
Falei longamente com ela. A aceitação de si própria (e da diferença) só virá c/a idade, assim como imagino que aconteça também com qualquer outra diferença: de opção sexual, de religião, etc.. sempre é difícil quando se é diferente da maioria. Mas pelo Amor de Deus!! Não sufoque seu raciocínio e sua sede de conhecimento para ser apenas mais um na multidão!!
Vou terminar com uma frase da qual não sei o autor:
"Nunca é tarde para descobrir que não existe nem nunca existirá ninguém igual a você.
E ao invés de se tornar mais um patinho, escolha assumir sua condição inalienável de cisne!"
Dia desses eu estava tomando café na minha padaria costumeira e uma coleguinha de um de meus cursos (eu sempre estou fazendo 2 ou 3 cursos de alguma coisa) perguntou se podia sentar comigo.- É claro que pode. Respondi.
É uma menina de uns 14 anos, super tímida, até fiquei surpresa de ela querer companhia!
Entre um gole de café e uma garfada de bolo fomos conversando, e ela foi se soltando...começou a contar do que gosta, que lê um monte, que escreve poesias...fui ficando mais e mais surpresa. Aquela menina de 14 anos estava lendo Camões!!! Falamos de diversas coisas e eu cada vez mais impressionada com tanta cultura em alguém tão jovem.
Perguntei como era o relacionamento dela c/os jovens de sua idade e ela ficou triste. Não tem amigos e o pessoal da escola chama ela de 'CDF".
Parecia que eu havia entrado em um túnel do tempo e estava falando comigo mesma quando eu tinha essa idade. Lembrei de como eu não me adaptava, como mentia sobre minhas notas (para menos, pode?). Como não havia ninguém para conversar!! E como é sofrida a solidão quando a gente é jovem e imaturo e tudo que se quer é ser como todo mundo, e ...não se é.
Falei um monte com ela, porque eu entendo a situação perfeitamente:
Ela não consegue se adaptar porque é diferente, só que ela não é menos que os outros, o problema é o que ela tem a mais, e ela tem mais cultura, mais informação, usa a cabecinha para pensar. Sim! Porque por incrível que pareça, após milhões de anos de evolução até nosso cérebro ficar como ficou, tem gente que não o usa.
E como o normal é a mediocridade, para sermos "normais" temos que ser medíocres!!
Só que é impossível alguém com alguma cultura retornar, nós não "involuimos", não voltamos para trás, o processo de aprendizado é sempre em direção à frente e ao alto.
Não significa, é claro,que tenhamos que nos isolar do resto do mundo, mas não podemos entrar em um processo de baixa auto-estima devido justamente à nossas qualidades. É o fim da picada!! Como se diz lá no Sul.
Falei longamente com ela. A aceitação de si própria (e da diferença) só virá c/a idade, assim como imagino que aconteça também com qualquer outra diferença: de opção sexual, de religião, etc.. sempre é difícil quando se é diferente da maioria. Mas pelo Amor de Deus!! Não sufoque seu raciocínio e sua sede de conhecimento para ser apenas mais um na multidão!!
Vou terminar com uma frase da qual não sei o autor:
"Nunca é tarde para descobrir que não existe nem nunca existirá ninguém igual a você.
E ao invés de se tornar mais um patinho, escolha assumir sua condição inalienável de cisne!"