O MAÇO E O CINZEL- SIMBOLOS MAÇÔNICOS
O maço e o cinzel
Maço e cinzel são, por definição, intrumentos próprios da antiga Maçonaria operativa. A própria palavra maçom, embora não seja originário do termo maço, aplicado ao instrumento do trabalhador da pedreira, tem com ele uma analogia simbólica muito intessante que não pode ser desprezada.
Maçom é o antigo profissional que se dedicava ás obras civis. Era o operário, o artesão das construções. O têrmo se aplica tanto aos trabalhadores que tiravam, cortavam e facejavam as pedras brutas tiradas das pedreiras, quanto aos artesãos que as trabalhavam, fazendo delas pedras de canto, de coluna, de centro, e também as obras de arte que ornamentavam as construções.
Entre os pedreiros medievais, como bem observa Bernard. Jones, havia uma diferença hierárquica entre o pedreiro da “pedra mole”, (artesão) e o pedreiro da pedra dura (o desbastador de pedra), chamado de freestone-mason o primeiro, e roughstone-mason o segundo. “ Havia, portanto, uma diferenciação ao mesmo tempo social e qualitativa entre os pedreiros. A qualidade do ofício corresponde a qualidade do material empregado,” escreve Jean Palou.“Ao talhador de pedras, ao talhador de imagens de pedra de grão mole”, prossegue aquele autor,” corresponde o nome de pedreiro-livre (frrestone-mason). Aquele que desbasta a pedra bruta na pedreira, longe dos canteiros das igrejas, é o rough mason(pedreiro rude)”, [1]
O free-mason, que comumente é traduzido por pedreiro livre, tinha, como bem observa o citado autor, um conhecimento de geometria e de outras ciências do ofício, que os rough-masons , ou pedreiros comuns, não possuiam. É dos primeiros, portanto, que vem a tradição emprestada à Maçonaria moderna.
O que daí se deduz é que os maçons operativos tinham uma habilidade específica que envolvia o uso do maço e do cinzel, e quanto mais perfeita a obra que se obtinha com o uso desses instrumentos, maior era o sentimento de elevação espiritual que o artesão experimentava na prática do seu ofício. É destes profissionais, o artesão, e dos arquitetos que traçavam os planos dos edifícios, que deriva a tradição que informa a Maçonaria moderna.
Esta nada tem a ver com os simples pedreiros medievais, que, aliás, nenhum motivo teriam para codificar, em linguagem iniciática, os seus segredos de ofício, marca distintiva dos praticantes da Maçonaria. Essa disposição está bem explicita no Manuscrito de York nº 293, que proíbe a um “ pedreiro livre, mostrar esquadro, régua ou ou outro instrumento do seu ofício a um pedreiro rude.”[2]
Tem-se, pois, como importante a habilidade do maçon operativo no uso do maço e do cinzel, sendo estes os instrumentos dos verdadeiros artistas da Arte Real. Daí a rica simbologia que deles derivam.
Na Maçonaria moderna o maço e o cinzel são as ferramentas que o Irmão, simbolicamente, irá usar para desbastar a pedra bruta do seu caráter. No estudo da filosofia da Ordem e na prática de virtude que ela enseja, o iniciado obtém a obra perfeita, que como o Apolo de Beldevere ou o Davi de Michelangelo, mostrará a habilidade do maçom no exercício da sua Arte. Pois desbastar a “pedra bruta da sua personalidade” significa exatamente isso: Eliminar o vício e promover a virtude, combatendo toda propensão para o mal e incentivando toda tendência para o bem.
Essa metáfora foi usada brilhantemente pelo Padre Vieira em seus famosos sermões. “Arranca o estatuário uma pedra dessas montanhas, tosca, bruta, dura, informe e, depois que desbastou o mais grosso, toma o maço e o cinzel na mão e começa a formar um homem; primeiro membro a membro, e depois feição por feição, até à mais miúda: ondeia-lhe os cabelos, alisa-lhe a testa, rasga-lhe os olhos, afila-lhe o nariz, abre-lhe a boca, avulta-lhe as faces, torneia-lhe o pescoço. estende-lhe os braços, espalma-lhe as mãos, divide-lhe os dedos, lança-lhe os vestidos; aqui desprega, ali arruga, acolá recama e fica um homem perfeito, talvez um santo, que se pode pôr no altar…” (3)
Isso significa que a mente humana, com a sua disposição para o bem é o maço e a sua atiude, a sua ação na sociedade é o cinzel; trata-se de uma vontade de aperfeiçoamento, uma decisão íntima de “cavar masmorras ao vício e erguer templos à virtude”, que move o iniciado na sua ingente labuta para eliminar os seus vícios de caráter e incorporar à sua personalidade as virtudes que o farão “justo e perfeito”.
Lembrando que não é a força do golpe do maço sobre o cinzel que faz a beleza da obra, mas sim a habilidade com que se golpeia e e a escolha criteriosa do local onde golpear que constitui a grande ciência do uso desses instrumentos, poderá o Irmão entrar na posse do perfeito entendimento do que significam esses dois símbolos profissionais tão caros á Maçonaria.
O maço e o cinzel
Maço e cinzel são, por definição, intrumentos próprios da antiga Maçonaria operativa. A própria palavra maçom, embora não seja originário do termo maço, aplicado ao instrumento do trabalhador da pedreira, tem com ele uma analogia simbólica muito intessante que não pode ser desprezada.
Maçom é o antigo profissional que se dedicava ás obras civis. Era o operário, o artesão das construções. O têrmo se aplica tanto aos trabalhadores que tiravam, cortavam e facejavam as pedras brutas tiradas das pedreiras, quanto aos artesãos que as trabalhavam, fazendo delas pedras de canto, de coluna, de centro, e também as obras de arte que ornamentavam as construções.
Entre os pedreiros medievais, como bem observa Bernard. Jones, havia uma diferença hierárquica entre o pedreiro da “pedra mole”, (artesão) e o pedreiro da pedra dura (o desbastador de pedra), chamado de freestone-mason o primeiro, e roughstone-mason o segundo. “ Havia, portanto, uma diferenciação ao mesmo tempo social e qualitativa entre os pedreiros. A qualidade do ofício corresponde a qualidade do material empregado,” escreve Jean Palou.“Ao talhador de pedras, ao talhador de imagens de pedra de grão mole”, prossegue aquele autor,” corresponde o nome de pedreiro-livre (frrestone-mason). Aquele que desbasta a pedra bruta na pedreira, longe dos canteiros das igrejas, é o rough mason(pedreiro rude)”, [1]
O free-mason, que comumente é traduzido por pedreiro livre, tinha, como bem observa o citado autor, um conhecimento de geometria e de outras ciências do ofício, que os rough-masons , ou pedreiros comuns, não possuiam. É dos primeiros, portanto, que vem a tradição emprestada à Maçonaria moderna.
O que daí se deduz é que os maçons operativos tinham uma habilidade específica que envolvia o uso do maço e do cinzel, e quanto mais perfeita a obra que se obtinha com o uso desses instrumentos, maior era o sentimento de elevação espiritual que o artesão experimentava na prática do seu ofício. É destes profissionais, o artesão, e dos arquitetos que traçavam os planos dos edifícios, que deriva a tradição que informa a Maçonaria moderna.
Esta nada tem a ver com os simples pedreiros medievais, que, aliás, nenhum motivo teriam para codificar, em linguagem iniciática, os seus segredos de ofício, marca distintiva dos praticantes da Maçonaria. Essa disposição está bem explicita no Manuscrito de York nº 293, que proíbe a um “ pedreiro livre, mostrar esquadro, régua ou ou outro instrumento do seu ofício a um pedreiro rude.”[2]
Tem-se, pois, como importante a habilidade do maçon operativo no uso do maço e do cinzel, sendo estes os instrumentos dos verdadeiros artistas da Arte Real. Daí a rica simbologia que deles derivam.
Na Maçonaria moderna o maço e o cinzel são as ferramentas que o Irmão, simbolicamente, irá usar para desbastar a pedra bruta do seu caráter. No estudo da filosofia da Ordem e na prática de virtude que ela enseja, o iniciado obtém a obra perfeita, que como o Apolo de Beldevere ou o Davi de Michelangelo, mostrará a habilidade do maçom no exercício da sua Arte. Pois desbastar a “pedra bruta da sua personalidade” significa exatamente isso: Eliminar o vício e promover a virtude, combatendo toda propensão para o mal e incentivando toda tendência para o bem.
Essa metáfora foi usada brilhantemente pelo Padre Vieira em seus famosos sermões. “Arranca o estatuário uma pedra dessas montanhas, tosca, bruta, dura, informe e, depois que desbastou o mais grosso, toma o maço e o cinzel na mão e começa a formar um homem; primeiro membro a membro, e depois feição por feição, até à mais miúda: ondeia-lhe os cabelos, alisa-lhe a testa, rasga-lhe os olhos, afila-lhe o nariz, abre-lhe a boca, avulta-lhe as faces, torneia-lhe o pescoço. estende-lhe os braços, espalma-lhe as mãos, divide-lhe os dedos, lança-lhe os vestidos; aqui desprega, ali arruga, acolá recama e fica um homem perfeito, talvez um santo, que se pode pôr no altar…” (3)
Isso significa que a mente humana, com a sua disposição para o bem é o maço e a sua atiude, a sua ação na sociedade é o cinzel; trata-se de uma vontade de aperfeiçoamento, uma decisão íntima de “cavar masmorras ao vício e erguer templos à virtude”, que move o iniciado na sua ingente labuta para eliminar os seus vícios de caráter e incorporar à sua personalidade as virtudes que o farão “justo e perfeito”.
Lembrando que não é a força do golpe do maço sobre o cinzel que faz a beleza da obra, mas sim a habilidade com que se golpeia e e a escolha criteriosa do local onde golpear que constitui a grande ciência do uso desses instrumentos, poderá o Irmão entrar na posse do perfeito entendimento do que significam esses dois símbolos profissionais tão caros á Maçonaria.