Prefácio, sobre o livro presunção. palavras de um doutor.

Prefácio

Escrever o prefácio deste livro não é ação fácil de ser executada diante da profundidade e da beleza filosófica, plantada na simplicidade de uma vontade quase incontrolável do autor.

Evan é um dos poucos seres humanos que conheço que não tem medo de expressar aquilo que pensa e muito menos de questionar a realidade, na busca da lógica, da razão e da verdade de todas as coisas que nos cercam. Sua sede de conhecimento encanta e estimula qualquer professor de filosofia.E tê-lo como aluno durante um semestre acadêmico, foi de fato um presente...desses que a gente nunca espera receber.

Saiu o aluno para ficar pela eternidade o amigo, sempre ávido na busca do saber, do ser e do fazer, garantindo a sua existência na sua paixão e necessidade de justificá-la a si mesmo. Na tentativa de ser a “soma de todos que viveram antes de mim” não se torna presunçoso porque a necessidade do homem de entender a realidade é eminente e premente no seu existir.

O conhecimento como uma investigação acerca do verdadeiro nos leva a dados que se transformam em juízos como atividade do sujeito frente ao objeto a ser conhecido.Não há conhecimento sem a relação entre o sujeito e o objeto que nos remete, incondicionalmente, à reflexão filosófica com o objetivo de investigar as origens, as possibilidades, os fundamentos, a extensão e o seu valor.

Segundo o filósofo contemporâneo Richard Rorty“conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior à mente” E representar é o processo pelo qual a mente torna presente diante de si mesma a idéia, a imagem ou o conceito de algum objeto.

Evan, neste livro nos coloca diante de nós mesmo pela reflexão. Faz o pensamento retornar a si mesmo para tomar posse do mundo que está à sua volta, e nos mostra que não estamos sozinhos, mais que isso, que temos uma grande responsabilidade no pensar e repensar o planeta em que vivemos.Nos faz criar coragem para discutir o óbvio, que muitos de nós não sabe explicar, apesar de compreender.Nos faz pensar no mito que somos como reservas da humanidade, nos proporcionando ser um elo vital de ligação com o sentido.

Tenho certeza que, aqueles que tiverem a oportunidade de ler e refletir o que este autor nos diz, verão e sentirão o mundo, a realidade e a si mesmos, de maneira tão simples que perceberão a beleza do existir, porque estamos sempre em busca daquilo que nos vincula mais profundamente à nossa própria natureza e ao nosso lugar no cosmo.

Taguatinga / DF, Fevereiro de 22-02-2006.

Professor Arnaldo Cerqueira

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 02/02/2007
Código do texto: T366886