CONEXÕES SECRETAS

Estamos todos ligados, como peças do mesmo jogo, como frutos do mesmo pé.

Estamos todos atados numa mesma engrenagem, emaranhando-se, um a um, como dedos da mesma mão.

Estamos todos linkados na mesma energia, física e não física, que nos faz um só.

Dependemos de todos para sermos um só, dependemos de um só para sermos todos.

Não importam distâncias, não importam diferenças, não importa o tempo e espaço, não importa nada.

Tudo o que existe, ou já existiu, sobre este chão faz parte da mesma coisa, seja essa coisa o que for.

Se algum ponto dela fraqueja, sofre ou tem quaisquer dificuldades, todos os demais fraquejarão, sofrerão ou terão dificuldades.

A felicidade de cada um depende da felicidade do outro, por mais incrível e absurdo que possa parecer.

Isso não é filosofia barata nem conversa mole pra boi dormir, é a mais cristalina realidade.

Seja lá quem nos fez, nos fez pensando no todo.

Não somos peças isoladas de um monumental quebra-cabeças.

A flor que brota no interior da Paraíba está diretamente ligada ao molusco soltário, atrás de uma pedra no meio do Oceano Pacífico.

Aquele menino de pé descalço, que pede esmola numa rua esburacada do interior da Índia, tem tudo a ver com o magnata grego que discute a venda do seu imenso navio com compradores russos.

O soldado israelense que está de prontidão na Faixa de Gaza está intimamente ligado ao índio Yanomani que ainda preserva suas tradições no Xingu, resistindo aos cantos de sereia do homem branco.

E por aí vai.

Há um ponto de conexão, forte e invisível, que nos amarra uns aos outros, coisa a cada coisa.

Este elemento de ligação transmite dados, energia, sensações e o que mais se fizer necessário.

Dessa forma, só seremos felizes de fato quando todos estivermos vibrando numa única frequencia positiva.

Enquanto houver alguém capengando, sofrendo, lutando com armas ocas para garantir a sua sobreviência, sendo perseguido, injustiçado, espizinhado, humilhado,

tanto você quanto eu não teremos paz, não teremos sossego.

Não teremos tranquilidade de fato.

Sempre existirá no nosso coração e na nossa alma algo que estará incomodando, perturbando, deixando o nosso sono mais empedrado do que deveria,

bem menos repousante quanto deveria.

E assim será até o dia em formos capazes de compartilhar fraternalmente a paz, o respeito, a justiça e tudo o mais que sabemos muito bem e deixamos de lado com toda pompa.

Coisas que, pela nossa ganância, prepotência e desvios de conduta, ficam sempre jogados no lixo, no mesmo lixo sujo, frio e triste em que foi transformado o coração da maioria das pessoas.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 25/04/2012
Reeditado em 27/04/2012
Código do texto: T3632455
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