“Estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem “tratar” sua própria presença no mundo, sem sonhar, sem cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer ciência, ou teologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem ensinar, sem ideias de formação, sem politizar não é possível”. (Paulo Freire, 1997, p. 64)
 

    



      
A animação leva o que seria uma imagem estática a uma sequencia de imagens que geram o movimento trazendo as características comuns de certos elementos ao que conhecemos na realidade e a projeção destas imagens que podem ser levadas a algo além do imaginável. Esta propriedade, no que diz respeito à aplicação na educação, proporciona a possibilidade do conhecimento de características específicas de determinados grupos e seu comportamento, entre outros elementos específicos da natureza, para o conhecimento geral. Formando um todo significativo e de acesso a várias classes, grupos que até então não podiam observar características específicas de seus pares. Partindo para as aplicações da animação em publicidade, educação, filmes, jogos,  Web sites, chega-se ao ponto destas aplicações proporcionarem a interatividade, capacidade de levar a um usuário interagir com outro, está que leva à aprendizagem, em partes, a partir do construtivismo, inteiração do indivíduo com o meio físico e social. Tanto em discussões acadêmicas, relacionamento interpessoal. Percebemos então a importância da animação para a construção de uma sociedade mais igualitária.
        A tecnologia avança inversamente proporcional à nossa capacidade de assimilar e aplicá-la na melhor forma de sua utilização. No que tange à Educação segue-se no mesmo contexto. Temos softwares que poderiam ser aplicados de forma simples em apoio a áreas específicas. Hoje temos programas, como por exemplo, que envolvem a área de arquitetura e urbanismo que com a sua peculiaridade desperta no usuário a necessidade deste conhecimento específico.
       “Numa sociedade moderna a arte não pode ser vista como exclusividade de uma determinada cultura ou grupo social. As políticas educativas centradas num modelo mais tradicional valorizam ainda a componente técnico-científica em detrimento da artística, posicionando a arte como forma complementar aos processos de ensino mais convencionais.” (Alentejo Educação - http://boletinf.drealentejo.pt/revista/Revistas_PDF/Revista_3/Papel_Animacao_Sociocultural_Educacao_Artistica.pdf). A utilização da Animação na Educação estimula mentes a pensar que existe algo mais a ser descoberto. É de conhecimento de alguns educadores que o som em tom e altura contínua levam o aluno a um estado de torpor, a mudança de ritmo e altura leva ao aluno a uma sequencia de despertar para o que está acontecendo. Uma das características de uma boa animação é ter movimento, som e imagem trabalhados de uma forma em que a atenção não se perde.
            Todo professor tem que lidar com a arte. Seja como um ator em um palco ou com exposições de trabalhos que venham a somar com o conteúdo aplicado. A Animação é mais um instrumento que pode ser utilizado neste universo de necessidades, considerando também que ela é amplamente utilizada nos meios publicitários e de entretenimento; e a luta do professor, na maioria das vezes, é lutar contra a abstração. Então por que não trazê-la, a animação, para a sala de aula, deixando assim ela de ser um problema a ser resolvido para ser o instrumento adequado para o ensino.