Falsa ciência


A falsa ciência, ou melhor os falsos baluartes no uso da ciência, para seus interesses próprios, se aproveitam da credibilidade que o conceito de ciência ou que a palavra científico perpassa às ideias, e aproveitam deste fato, o falso pano de fundo científico de suas falsas argumentações para divulgar mentiras, pseudociências ou mesmo para defender interesses próprios e em alguns casos por mera vaidade, fazendo-os apresentarem conhecimentos que verdadeiramente desconhecem.
 
Estes espantalhos científicos se aproveitam da ignorância científica de muitos, ou da complexidade natural que o conhecimento científico impõe, para divulgar ou mesmo para convencer incautos, se utilizando de distorções no método, na modelagem, no alcance ou nos resultados de experimentos e teorizações científicas, e em outros casos distorcem, omitem ou inventam novas e diferentes regras, teorias, leis ou princípios científicos.
 
Impostores científicos ou “falseadores”, conscientes ou inconscientes, da ciência, comportam-se como se esta não tivesse suas regras e seus princípios próprios, além de sua automática capacidade de comprovação ou refutação por terceiros, o seu filtro natural.
 
Estas pessoas apresentam claramente traços de personalidade e de princípios em comum entre si, elas recusam, maltratam e deturpam a realidade do universo. Outras com argumentações falaciosas se utilizam de linguagem bonita e de dúbio sentido para falsificarem fatos e experimentos.
 
A mentira científica leva a perda de contato com a realidade, estas pessoas acreditam ou tentam nos fazer crer, que o real pode ser ajustado, pois defendem que o real pode ser relativo.
 
A questão é que o real, a realidade verdadeira, nunca é relativa. A relatividade possível está em nossa interpretação, está na impressão obtida e trabalhada por nossa mente baseada em sensores limitados e em um cérebro imperfeito. Relativo é a leitura da real realidade, esta simplesmente é, entretanto a nossa compreensão, pela nossa limitada mente, é que pode ser relativa.
 
Estas pessoas, os falsos amantes e fingidos defensores da verdadeira ciência, diferentemente de uma verdadeira atitude científica, aquela que sempre busca a real verdade, mesmo que fragmentária ou parcial, buscam que a teoria científica se ajuste ao seu interesse pessoal.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 13/03/2012
Reeditado em 13/03/2012
Código do texto: T3551250
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