Meu Compromisso
Pensamentos vêm e vão numa facilidade maior que de respirar e enquanto você pensa, tudo esta muito bem, obrigado. Eu posso pensar a maior das atrocidades que não serei punido por isso, posso pensar o que fazer e o que não fazer sem gerar compromisso nenhum. Até a hora que resolvemos falar.
A língua vira uma corda que amarra teu corpo em todos os pontos de movimento e a palavra, jogada no ar, se torna o mestre da marionete. E quem é ela? Você! E não adianta tentar fazer diferente daquilo que anunciou, alguém ouviu e alguém vai lembrar, e se der um pouquinho de importância as coisas que fala, você mesmo lembrará.
Parece medo que as tem de se comprometerem, palavras não valem ações e dizer “sim” fazendo o “não” se tornou algo comum e perdoável, me parece que algum tipo de conceito se perdeu no meio do caminho.
As vezes a tentação chega e embora você tenha dito que faria (ou não faria) alguma coisa que desejava por alguma razão justa, me parece ideal seguir a palavra de confiança dada do que meros instintos, isso nos diferencia dos animais todos. Sei que muita gente contaria com o esquecimento posterior e não daria a importância devida ao que foi dito.
Palavras o vento passa e leva. Não pra mim, se leva, leva depois que foram ouvidas e ali eu selei meu compromisso.
É bom lembrar que essa aparente escravidão com o que se diz é relativa, imprevistos acontecem e alguma pode sim, nos obrigar a ir em direção contraria do que falamos. Até a lei reconhece a possibilidade de coisas fora do controle.
Isso é código de honra e de conduta! É ser homem alem da questão física. Pode ser antigo, pode ser cafona e retrogrado, mas disso não abro mão, minha palavra é a maior prova que posso dar de qualquer coisa e espero que ela basta.
Ouvi outro dia uma frase que define bem meu raciocínio. “Somos senhores do que pensamos e escravos do que dizemos”. Não preciso dizer mais nada.