Definitivo
É preciso pedir benção aos deuses que protegem aqueles que escrevem, desde os bardos. em um momento desses a cabeça não pode perder a linha de pensamento, as linhas devem se curvar ao escritor e não o contrario.
Na ultima estação passei por diversos lugares, vi desertos desabitados e estive no alto da montanha pensando no que fazer, criei minhas proprias pegadas alem da tenda que me guardava, não posso dizer que foi um periodo ruim.
Duelei com palavras e não venci, pela primeira vez tive a musica como adversaria e quando ela, por vontade propria, preferiu silenciar-se, não me senti e nao fui declarado vencedor.
Nessa peleja nao havia como vencer (sinto que escrevo um testamento), nem eu, nem ele, cada um com seu motivo. Chegamos ao mesmo resultado e, sinto, ele com mais dignidade.
me dizem "viva isso". Sozinho? tem sido uma constante viver grandes amores embaixo das cobertas da cama, eu, pensamentos meus e orações, minhas.
Não é a primeira vez que me divido em dois, amigo e pretendente, nao posso deixar de fazer o que fazia, msmo que acabe entrando em conflito com o que acabei dispertanto, por culpa minha, achismos meus. Não ha justiça em tirar certa segurança que durante anos eu dei.
Minha escopeta ja matou todos os elefantes que podia, ja deixei o significado de muitas musicas passarem e transformei todas em hinos. Hinos por te-la (em hipotese), por não te-la.
O tempo que ja foi meu amigo, me trai. Justo ele que foi tema meu. Não tem sido facil os intervalos entre os momentos em que posso olhar e os que não posso.
Sinto-me bastante decadente, alguem que ja foi conhecido por sua frieza, hoje, escreve palavras de um sentimento (que nao ouso dizer) pautado em um certo nivel de dor e aflição. Frieza deu lugar a um sentimentalismo sem limites.
A paisagem nao muda, nao importa o que faço. Tenho duvida sobre o quanto eu gostaria que mudasse. Não parece ser uma escolha mais acertada querer mudar uma floresta pouco aconchegante em um tipo de pantano totalmente inospto. Não creio que a floresta se transformará em um jardim com uma bela casa.
Só eu sei o que sinto, até por temer escrever palavras mais exatas (certas coisas nao precisam ser admitidas), posso ser taxado de bobo. Tanta coisa por um amor de carnaval? É um vespeiro que eu meti a mão depois de criar por anos, agora sofro algumas picadas.
Pra onde todos os caminhos me levaram? O texto definitivo e, partindo da afirmação que me deram: "uma mulher que tem um poeta apaixonado por ela é a mais sortuda do mundo". Eu não escrevo mais nada.