REFLEXÕES .

Tomemos como ponto de partida a palavra princípio.

O que então emerge a partir daí? Qual será a profundidade, a legítma indagação capaz de motivar este discorrer sobre?

Observemos os alicerces deste questionamento.

Ele se apóia na sintaxe e na semântica que por sua vez não devem caminhar no sentido de uma rivalização pouco produtiva.

A palavra princípio recebe a denominação de substantivo na gramática tradicional.

Se mudarmos agora o foco alterando, aprofundando a significação deste substantivo, vamos infundir-lhe a seiva que escorre no seu interior ao denominá-lo de nome.

Teríamos portanto algo mais liberto do que a mera classificação da gramática funcional, algo mais abrangente e para além da mera coisificação do que é.

Eis a interminável saga do nomear este grande vazio que se abre diariamente, deste algo ainda mais aterrador e mais antigo do que o próprio mundo.

Um nome, um princípio que encontra seus pilares nas sombras que escurecem o ser iluminado pelas trevas que sussurram o além.

Por que nomeio, onde habitará a ausência fundamental que alimenta esta compulsão humana pela falta?

Wittgestein nos diz de um todo, de um acordo entre os elementos em determinado contexto que propiciem as condições lógicas para o pensamento e a linguagem no sentido da representação do mundo.

Tornemos aos elementos da frase, a saber, ao sujeito e predicado e objeto.

A relação sujeito-objeto remete a uma projeção mediada pelo predicado.

O pensamento é linguagem articulada nas infinitas combinações de frases, nesta relação sujeito-objeto mediada pelo predicado.

Tal relação ficaria seriamente comprometida caso não houvesse a predicação. Enquanto símbolos o sujeito e objeto adquirem significação através da mesma.

É mesmo o predicado a razão de ser do que é, vale dizer, o sentido de realidade reside no mesmo. A palpabilidade do pensamento, ou seja, o que torna o pensamento o que é, haja vista o fato de que etimologicamente significa, dizer sobre, apregoar, avisar antecipadamente...

Denomino este continuum de realidades sugeridas pelo predicação no sistema interacional entre sujeito e objeto de pensamento.