Menina-guria

Menina-guria; mãe-mulher. É como uma pétala que se desprende da flor-mãe e se faz flor-filha. Leve ao vento flutua em desalento pertuba meu raciocínio. Fico irado, não com raiva; mas com despeito do vento, que desarruma os seus cabelos deixando em desalinhos. E, por não poder dispôr de sua leveza o tempo todo. Leveza a sua a qual não canso de propagar. Leveza sua que não cansa de me inspirar.

Cadê você? Mãe-menina; Guria-mulher, que irradia os meus olhos, faz pulsar o meu coração, em dueto com a razão, que deixa a minha emoção turbinada. De tão pouco caso que faz. Porém, um aceno que também trás. Um sorriso fortuito faz transcender a minha imaginação. E a minha criatividade aflora feito lavas de um vulcão, preste a entrar em erupção. A criação em forma de criatividade. "O dom da imaginação". Faz poeta, diz razão por mim sem paixão, ou fixação. Explica pra mim "Doce ilusão". Por que os meus olhos querem tanto a sua tênue visão. O quê? Mãe-guria; Menina-mulher. Na hora que estiver voltando ao seu acalanto.

Se voltar! E ao se lembrar do meu encanto. Fica de costas para o pranto, esquece o cotidiano. Oferece de prêmio a sua vida; a minha vida.

Outono em Porto Alegre outono/1993

JAILSON MERCÊS
Enviado por JAILSON MERCÊS em 19/02/2012
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