Um pólo ao outro.
Às vezes seguimos uma linha de pensamento que acaba por relevar qualquer instinto animalesco de sobrevivência e nos leva a sentimentos destrutivos, uma forma de suicídio lento e gradativo, pautado na agonia e sofrimento, como se fossemos perdendo pouco a pouco pequenos pedacinhos de carne e espírito.
Normalmente tal pratica trás consigo o medo como defesa, sabemos o que fazer para cessar mas temos medo de tomar uma atitude, o medo vem munido de duvidas e questões, perguntamo-nos se tudo será perdido, se seremos entendidos e normalmente a resposta é negativa.
O não também vem de mãos dadas, não para tudo que pode ser bom, não para qualquer atividade que façamos para deixar a cabeça tranqüila. O não esta presente em tudo e, por conta do medo, simplesmente abaixamos a cabeça e acatamos, verdadeiramente damos um sim ao não.
E ai, com o sentimento do suicida que não tem mais nada a perder (porque nem água encontrou no fundo do poço), tomamos uma atitude de tudo ou nada, aquela atitude que devíamos ter tomado lá atrás. Tudo muda.
Não mais que cinco minutos são necessários para jogar o monstro que mordia sua carne fora em uma lata de lixo e ficamos lá, com cara de bobo, nos perguntando “só isso?”. Nos surpreendemos positivamente com as reações que temos de volta, com a compreensão que achávamos impossível de se receber a um nível tão profundo (porque nossos problemas são sempre mais profundos).
O que acontece depois? O poço sumiu e tudo esta tranqüilo, um sentimento de paz e de bom trabalho e harmonia, fizemos o que devia ser feito da maneira mais madura possível, mesmo que não tenha dado super certo.
Medo, duvida foram embora simplesmente porque resolvemos encarar o problema (que nem era tão grande...) de frente.