pintura/Lilianreinhardt
oil painting
mixed
A cultura artística com o advento das novas tendências surgidas em fins do século XIX, como o Divisionismo, (pontilhismo), Expressionismo e as vanguardas das primeiras décadas do século XX, Fauvismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo, trouxeram um caráter mais liberatório e novas proposições à Arte Ocidental. Mas, podemos localizar as origens do espírito modernista já em épocas que remontam ao final do século XVIII com a cultura iluminista ou ao início do século XIX com os ideais de liberdade apregoados pelo Romantismo.
A Arte Moderna compreende uma gradual e radical ruptura de valores na cultura ocidental, não se constituindo, entretanto, como diz Mario de Micheli apenas a uma questão de simples ruptura estética. Isto significava uma nova ordem político-social e estética então emergente. O espírito moderno parecia não mais se identificar com uma cultura estética arraigada sob fundamentos de ordem naturalista de estruturação e representação do espaço e da forma. Os estudos da Ótica, da imagem fotográfica desarticulavam a concepção do espaço como "mímese", ou cópia da realidade e as teorias românticas impulsionavam as novas tendências a um novo rumo à expressão. E a partir do Impressionismo a imagem se fragmenta perdendo a volumetria sólida que consolidava a Representação estética advinda desde o Renascimento. A cultura moderna pode também ser associada pela identificação da Arte com os postulados das vanguardas do início do século XX. Estas se caracterizavam como movimentos que não pensavam mais a Arte apenas como representação, mas, como reconstrução da realidade, à qual incorporava o indivíduo. Assim ocorria uma nova postura da sensibilidade do artista diante de sua realidade histórico-social. Estas vanguardas surgiram naquele momento histórico como movimentos de ruptura, de destruição da representação, vez que esta Arte como imitação da natureza entrara em crise. E se apresentaram de forma provocativa, inovando e trazendo uma nova linguagem plástica. Nesse contexto, adveio a autonomização do objeto de arte que deixava de ter relação com a realidade representada para ter uma relação de reconstrução dessa mesma realidade. Em verdade, com esta liberação tornaram-se autônomos a forma plástica e todos os elementos que compõe a linguagem pictórica e visual como: ponto, linha, volume, mancha, cor, forma, que se caracterizarão como elementos de uma nova linguagem. Os artistas passavam agora a trabalhar com elementos formais autônomos. O espaço moderno começa a se configurar singularmente, em busca de características próprias. A tradição da arte como "mímese" é rompida e a raiz das pesquisas desse rompimento como reconstrução da realidade estava presente nas vanguardas históricas do início do século XX e podiam ser encontradas já em Cèzanne e nas pesquisas neo-impressionistas. Assim, as novas tendências de vanguarda tendiam a considerar a experiência estética, direta do artista como verdadeira fonte de conhecimento, isto significando a libertação de crenças que não pudessem ser avaliadas e experenciadas pela individualidade. Era um ceptismo como uma espécie de nova auto-consciência da realidade.
Ref.bibliográfica
ARGAN, Giulio Carlo.Arte Moderna. São Paulo: Cia das Letras, 1996
BATTCOK, Gregory. A Nova Arte. São Paulo: Perspectiva, 2002
BEHR , Shulamith. Expressionismo, São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2000
BENJAMIN, Walter. A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica. In: A idéia do Cinema. RJ Civilização Brasileira, 1969.
FLUSSER, Vilém. Texto/imagem Enquanto Dinâmica do Ocidente. In: Caderno RioArte, ano II, n. 5.
HEARTNEY, Eleanor. Pós-Modernismo. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2002.
oil painting
mixed
A cultura artística com o advento das novas tendências surgidas em fins do século XIX, como o Divisionismo, (pontilhismo), Expressionismo e as vanguardas das primeiras décadas do século XX, Fauvismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo, trouxeram um caráter mais liberatório e novas proposições à Arte Ocidental. Mas, podemos localizar as origens do espírito modernista já em épocas que remontam ao final do século XVIII com a cultura iluminista ou ao início do século XIX com os ideais de liberdade apregoados pelo Romantismo.
A Arte Moderna compreende uma gradual e radical ruptura de valores na cultura ocidental, não se constituindo, entretanto, como diz Mario de Micheli apenas a uma questão de simples ruptura estética. Isto significava uma nova ordem político-social e estética então emergente. O espírito moderno parecia não mais se identificar com uma cultura estética arraigada sob fundamentos de ordem naturalista de estruturação e representação do espaço e da forma. Os estudos da Ótica, da imagem fotográfica desarticulavam a concepção do espaço como "mímese", ou cópia da realidade e as teorias românticas impulsionavam as novas tendências a um novo rumo à expressão. E a partir do Impressionismo a imagem se fragmenta perdendo a volumetria sólida que consolidava a Representação estética advinda desde o Renascimento. A cultura moderna pode também ser associada pela identificação da Arte com os postulados das vanguardas do início do século XX. Estas se caracterizavam como movimentos que não pensavam mais a Arte apenas como representação, mas, como reconstrução da realidade, à qual incorporava o indivíduo. Assim ocorria uma nova postura da sensibilidade do artista diante de sua realidade histórico-social. Estas vanguardas surgiram naquele momento histórico como movimentos de ruptura, de destruição da representação, vez que esta Arte como imitação da natureza entrara em crise. E se apresentaram de forma provocativa, inovando e trazendo uma nova linguagem plástica. Nesse contexto, adveio a autonomização do objeto de arte que deixava de ter relação com a realidade representada para ter uma relação de reconstrução dessa mesma realidade. Em verdade, com esta liberação tornaram-se autônomos a forma plástica e todos os elementos que compõe a linguagem pictórica e visual como: ponto, linha, volume, mancha, cor, forma, que se caracterizarão como elementos de uma nova linguagem. Os artistas passavam agora a trabalhar com elementos formais autônomos. O espaço moderno começa a se configurar singularmente, em busca de características próprias. A tradição da arte como "mímese" é rompida e a raiz das pesquisas desse rompimento como reconstrução da realidade estava presente nas vanguardas históricas do início do século XX e podiam ser encontradas já em Cèzanne e nas pesquisas neo-impressionistas. Assim, as novas tendências de vanguarda tendiam a considerar a experiência estética, direta do artista como verdadeira fonte de conhecimento, isto significando a libertação de crenças que não pudessem ser avaliadas e experenciadas pela individualidade. Era um ceptismo como uma espécie de nova auto-consciência da realidade.
Ref.bibliográfica
ARGAN, Giulio Carlo.Arte Moderna. São Paulo: Cia das Letras, 1996
BATTCOK, Gregory. A Nova Arte. São Paulo: Perspectiva, 2002
BEHR , Shulamith. Expressionismo, São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2000
BENJAMIN, Walter. A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica. In: A idéia do Cinema. RJ Civilização Brasileira, 1969.
FLUSSER, Vilém. Texto/imagem Enquanto Dinâmica do Ocidente. In: Caderno RioArte, ano II, n. 5.
HEARTNEY, Eleanor. Pós-Modernismo. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2002.