Ensaio sobre minha vida em 12/02/2012

Hoje, de repente, me sinto possuído pelo medo do amanhã, pelo medo de não encontrar as coisas como elas são. Eu sei que as mudanças são inevitáveis, mas, eu sinto uma certa aversão por elas. No cárcere de meu sorriso e de meus gestos etiquetados e padronizados, se escondem estas minhas dores, estes meus receios e anseios.

De fato, a noite quente e barulhenta fazem com que eu me retire para o silêncio do meu quarto, na busca pela cura de minhas angústias, impregnadas em canções e em memórias. O violão agora largado sobre a cama, a luz do quarto resumida a apenas a luz do computador, exatamente tudo neste instante mórbido parece ter se tornando o mais fidedigno espelho de minha alma, de meu estado de espirito e de mente. Eu penso, e me sinto perturbado, ao menos hoje, por estes pensamentos.

Agora, separados por regras, costumes, olhares e línguas, me sinto fraco, me sinto inapropriável para a vida cotidiana. o pensamento, por mais que denso, vai de encontro ao teu, num lascivo jogo de vontades e tempo, distância e verdade. Espero encontrar ao fim da noite, repousante sobre a cama, descanso para o corpo, pois a alma continua a vagar através da noite, procurando a tua tranquilidade.

Felipe de Oliveira Ramos
Enviado por Felipe de Oliveira Ramos em 12/02/2012
Código do texto: T3495843
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.