Ensaio sobre minha vida em 11/02/2012
De fato, esse relativismo soberano me deixa perplexo, e sem ter o que fazer, fujo dessa minha razão gélida e me emprego no nobre oficio da escrita. As palavras nunca traem, apenas confundem as altaneiras almas de primeira viagem. Porém, o que mais me intriga é ofato de que eu acho doce o sabor da ilusão idealizada, sentida sem nenhum motivo aparente.
De fronte aos relatos de minha alma, fico impossibilitado de refutar, ou simplesmente não o quero: é preferível as lembranças do que viver o carcere privado do tempo.
Eu já nem consigo ser em mim o que finjo cotidianamente ser. Olho no espelho e enxergo uma alma disforme, uma face marcada pelo tempo. Devaneio ou não, sinto que morro, não sei se por dentro ou por fora, mas deixo de existir, pois outro ser brota de mim, com novo olhar e novo coração.