Ensaio sobre minha vida em 08/02/2012

Pensar no talvez, ao menos nesta noite envolvente de fevereiro, não me interessa em nada. É bem verdade que a consciência é a ponte entre os homens e os erros, de forma que estamos sempre nos sub jugando aos "determínios" da ética e da moral, tão falhas como qualquer promessa de fim de campanha eleitoral. o homem "egocentriza" os sentimentos, e se sente perdido diante do conceito relativista da comunidade, e assim, se oculta de sua identidade generalizada, colocando a culpa de seus erros no coletivo.

Hoje eu penso num longo futuro que eu decoro de regalos áureos, mas, quando penso estar indo longe demais, a vida me mostra que ainda estou ali, com os pés sobre o presente, com a alma presa aos tic e tacs frenéticos dos relógios, e assim, aparentemente conformado com a situação, banho-me na minha porção diária de humanidade, de antropocentrismo desenfreado.

Mas sou fortemente polar, e mudo de opinião facilmente. decido então irromper as barreiras impostas pela sociedade, pelo pensamento próprio e alheio, de forma que, ao me olhar vez por outra no espelho da introspecção, constantemente não consigo me enxergar totalmente, ou não consigo enxergar a pessoa que finjo ser. Porém, está tudo bem como esta, pois, eu sempre esperei que a vida fosse desta forma, e a facilidade de tudo, a paz de espirito, os gestos quase carmelitas, só me fariam mal.

Felipe de Oliveira Ramos
Enviado por Felipe de Oliveira Ramos em 09/02/2012
Reeditado em 09/02/2012
Código do texto: T3488184
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