TEMPO, SOLIDÃO E FANTASIA, Livro do Poeta André Augusto Passari
TEMPO, SOLIDÃO E FANTASIA, Livro do Poeta André Augusto Passari, que passo a comentar, foi-me enviado pelo autor com uma dedicatória. Natural de Sorocaba - SP, o autor nasceu em 1959 e é médico psiquiatra.
Sua obra é de pura poesia, beleza estética, temas de faz de contas e de realidade, sempre com mensagens críticas positivas. Tanto deve ser lida por adolescentes quanto por adultos de todas as idades, dada a sua abrangência.
Nada mais lógico que ao se falar de um livro, faça-se citações do seu conteúdo, oferecendo aos leitores uma visão crítica da obra e, ao mesmo tempo, evidenciando a potencialidade do autor, inserida em sua criação artística.
Logo no início, em "Devaneio" André crava esta estrofe: "Tenho sobre a minha mesa/Um crânio, um feto e um cálice de vinho/Sobre os meus pensamentos/Uma idéia, uma esperança e um sonho tinto". Em "O Amor e a guerra", a primeira estrofe é emblemática: "Deus disse:/-Faça-se o amor/E em guerra nos lançou o coração". Em "Os livros", o poeta deixa um desafio: "Veja os livros/Insultam-nos nas prateleiras/E desafiam a nossa paz/ Mas por trás dessas lombadas/Rompem-se as barreiras/E o medo se desfaz". No poema "Tempo" constata que "Se continuasse indiferente ao tempo/Não perderia esse tempo que me sobrou". Nos personagens, Narciso, ou quando vê tudo verde e pensa que é uma invasão, ou no "Gnomo - que cortava lenha,/Bordava linho/Desfiava pena/Decantava o vinho/E havia paz com os gnomos". Dedica versos a Oádilos, a Cesar, a reis e peões, ao defunto,aos drogados, aos pássaros, às lendas, a Aladin, Frnakeistein e Quasímodo, às escolas gregas, à ciência, ao amor, deixando para o final uma "Sátira da felicidade", onde o poeta conta a evolução humana: "Desde os tempos da caverna/O Homo sapiens, essa pobre e triste criatura/Busca am antídoto para a felicidade/Foi assim na pré-história/Quando ainda tentava dominar o fogo/Foi assim, mai tarde,/No século de ouro da velha Grécia/O século de Péricles/... Foi assim também,/Nos anos em que Jesus viveu sobre a Terra/No período dos bacanais romanos/ Nas noites de mistério da alquimia/E na época das Cruzadas"
Este é o poema mais extenso do livro e seria muito bom, se tivéssemos a oportunidade de acesso a esta bela obra poética em nossas livrarias, a maioria delas preocupada em expor e vender best selers, enquanto os governos nada fazem para auxiliar a juventude no incentivo à leitura para que pudéssemos ter uma revolução autêntica em próximo futuro. Um dia, quem sabe, isso acontecerá!