PROPOSTA INOVADORA E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
PROPOSTA INOVADORA E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
As necessidades do ser humano foram e continuam sendo criadas por ele próprio. As organizações humanas deveriam ter por objetivo único atender as necessidades básicas na luta pela sobrevivência. No entanto a incerteza do futuro tornou providente o homem dito civilizado. Isto é, o homem começou a prover o futuro.
Não só isso porém. O homem tornou-se ganancioso, pensou em acumular riquezas. Não lhe bastou garantir o futuro. Quis sempre mais e passou a explorar um ao outro. Criaram-se organizações cujo único objetivo era (e continua sendo) o lucro de uns poucos em detrimento de muitos na maioria delas. Inventou-se a máquina, para aumentar ainda mais o lucro de uns e o desemprego de tantos, gerando a chamada Revolução Industrial. E tentou-se inutilmente resolver os problemas sociais dela decorrentes por fórmulas sociais diversas.
Com o passar dos tempos e com o surgimento de novos grupos financeiros, novas empresas industriais, comerciais e de prestação de serviços foram (e vão sendo) criadas, fazendo páreo na concorrência de mercado com as existentes. Com o desenvolvimento da cibernética, os meios de comunicação e de informação fazem com que as pessoas tenham fácil acesso às mais diversas fontes de conhecimento. A automação computadorizada de máquinas e ferramentas minimizam as perdas e maximizam a qualidade dos produtos e serviços, provocando baixas de preços, para desespero das concorrentes, que são obrigadas a se modernizarem e se lançarem a novas frentes de mercado. Este, por sua vez, torna-se cada dia mais exigente diante da múltipla oferta de produtos ou serviços similares.
Esta rápida evolução da ordem econômica, social, tecnológica e mental da humanidade traz consigo sérias ameaças para as empresas do mundo inteiro. Tais ameaças se devem, entre outros, a um dos fatos seguintes:
a) seus produtos perderem atualidade pelo surgimento de outro melhor e mais barato;
b) baixas de preços internacionais por parte de certas empresas a fim de conseguirem divisas;
c) concorrentes utilizarem novos equipamentos com processos de produção mais eficaz para o novo nível de qualidade que se impõe;
d) exigências normativas difíceis de ser alcançadas pelo processo atual.
Por isso, a preocupação atual da administração das empresas em todo o mundo é desenvolver sistemas administrativos fortes e ágeis, para garantir a sobrevivência das mesmas. Em outras palavras: devem primar pela qualidade de seus produtos e serviços.
Produto ou serviço com qualidade é aquele que atende perfeitamente as necessidades do cliente (projeto perfeito), de formas confiável (sem defeitos), acessível (a baixo custo) e segura (segurança do cliente) e no tempo certo. Tais critérios garantem à empresa a preferência do consumidor por seus produtos ou serviços.
Portanto, se uma empresa pretende continuar ou tornar-se competitiva para poder sobreviver, é preciso que aumente sua produtividade, isto é, que gere seu produto ou serviço cada vez mais e melhor com cada vez menos.
De que maneira atingirá tal objetivo? Investindo no ser humano. Se nenhuma transformação é possível sem o querer humano, o primeiro passo para qualquer crescimento da empresa deve ser dado na direção do crescimento dos indivíduos que formam essa empresa, fazendo com que cada um deles se sinta importante, para tornar-se responsável no processo de mudança.
O Japão foi o primeiro país a compreender a importância do ser humano em todo processo de transformação pretendida. Por isso, investiu maciçamente na educação e mandou seus moços a estudarem nas universidades da Europa. Arruinado e arrasado pela guerra, tornou-se em poucos anos uma das maiores potências econômicas do mundo e hoje é um exemplo de determinação para outros países.
Infelizmente, no Brasil ainda persiste na classe trabalhadora aquele velho espírito feudal que eleva os patrões ao nível de senhores do mundo, donos de seus funcionários. Tal espírito subjuga os empregados ao vil servilismo, fazendo uns acreditarem-se eternamente devedores da condescendência de quem lhes paga um salário mensal, e levando outros a não se importar com os destinos da empresa que lhes garante o sustento próprio e da família.
Enquanto não se incutir nas mentes de todos que a relação entre capital e trabalho é relação de parceria e não de subserviência deste para aquele, não há fórmula mágica capaz de fazer uma empresa alcançar a qualidade de seus produtos e serviços.
Somente quando reinar o espírito de cooperação mútua entre patrões e empregados, entre chefias de serviços e subalternos, quando cada um estiver plenamente consciente de que é um órgão indispensável para a boa saúde de todo o organismo da empresa, é que se poderá chegar a um estágio duradouro de qualidade, porque então cada um procurará de per si a eficiência profissional.
Entretanto, para chegar a esse estágio ideal de comprometimento, é preciso que cada um sinta como seus os problemas da empresa, que os patrões também tomem para si os problemas de cada um dos seus empregados e que o sabor das conquistas seja experimentado por todos.