Quando se ama...

Imagina uma fogueirinha brilhante e quente, ardendo feliz e de repente um iceberg despenca encima dela.

Bom, eu não conheço a razão da existência, nem o sentido da vida. Não sei por que estamos aqui e porque a terra é “aparentemente” o único planeta capaz de suportar vida em nosso sistema solar. Não sei por que as pessoas matam, roubam, não sei por que existe a maldade e não sei por que há corrupção. Mas se tem uma coisa que eu sei é o que é amar alguém.

Amor não se resume em simplesmente dizer “eu te amo” e fazer sexo, ou beijar, ou mesmo alguns pequenos sacrifícios que fazemos sem nos importar. Amor é algo muito além da superfície à qual estamos acostumados e se me permito dizer, amor é divino, pois nem mesmo quem ama sabe entender a razão de porque ama.

Para amar você não precisa fazer muito. Se você ama tudo deve aparecer em você naturalmente, como se sempre tivesse feito parte de você. Você não precisa mudar, porque se você ama de verdade a mudança vem como brinde. Não é sacrifício fazer algo pela pessoa que ama, não é difícil entende-la, nem prestar atenção ao que a faz feliz e ao que não a faz feliz.

Há coisas que dizemos sem pensar quando simplesmente deveríamos ficar calados e ficamos calados quando deveríamos dizer alguma coisa, mas se tem uma coisa que nunca se deve fazer é dizer algo que você sabe que irá magoar a pessoa que você ama.

Quando se ama alguém verdadeiramente as outras pessoas simplesmente deixam de existir. Não há necessidade de mais ninguém além de você mesmo e a pessoa amada. Não existem vontades de estar com mais alguém, nem coragem para fazer coisas que magoariam o outro. Não se trai quando se ama, não por dor na consciência ou pena, mas por que não há necessidade de trair. Não se trai porque não existe outra pessoa além da que se ama, e por ela, por amor puro, simples e verdadeiro não se joga fora a confiança que o outro tem em você.

Quando se ama, não é complicado sentir empatia, pôr-se no lugar do amado e saber como ele pode reagir a algo que você fez. Não é difícil descobrir do que ele gosta e mais fácil ainda é fazer o que ele gosta. Pois quando se ama sua felicidade é ver a pessoa amada feliz.

A alegoria da fogueira no começo do texto é simplesmente para exemplificar o que acontece quando alguém que você ama diz, faz ou pensa em algo que lhe magoa e destrói sua confiança. A fogueira é o amor brilhando e ardendo com toda a intensidade que ele pode, o iceberg é a frieza do parceiro quando não consegue ser o que você precisa, quando não te ama verdadeiramente. E esse frio acaba tornado quem ama tão distante quanto quem o provocou.

THR Oliveira
Enviado por THR Oliveira em 10/01/2012
Código do texto: T3433417
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