A GRANDE DIFERENÇA ENTRE O SABER E O FAZER

Desde jovem sempre tive como passatempo predileto a leitura, um hábito que procurei cultivar e que mantenho até hoje e graças ao qual adquiri uma visão de vida capaz de me auxiliar e me impulsionar para frente. Com o passar do tempo aprendi a ser seletivo e crítico com os autores que lia, até chegar naqueles que mais influenciaram meu pensamento e minhas ações. O conhecimento sem aplicação é morto. Devemos selecionar a leitura da mesma forma que selecionamos os alimentos que nos chegam à mesa. Neste trabalho, o primeiro de uma série abordando o assunto, procuro mostrar os pontos em comum da filosofia do sucesso que pus em prática ao longo de minha vida e começo agora a colher os frutos. Qualquer um pode fazer o mesmo; qualquer um que deseje algo mais da vida, que queira sair do lugar comum para se destacar, sem ter que, necessariamente aparecer na televisão ou na primeira capa de uma revista. Faça o que for, na profissão que escolher, possua esta ou aquela vocação, o mundo, no final, só quererá saber uma coisa de você através de uma única pergunta: “Você teve sucesso?”.

Muitas pessoas se vangloriam de terem vastos conhecimentos, de serem ávidos leitores, de devorarem todos os livros que lhes caem em mãos e de serem capazes de manter todo tipo de conversação com os mais eruditos palestrantes. Naturalmente, existe mérito em tais qualidades, mas poderíamos designar estas pessoas de ‘ambulantes carregadores de conhecimentos’ e chego a arriscar-me na afirmação de que a grande maioria dos que contam estas vantagens muito pouco tem para mostrar em termos de verdadeiras realizações. Sem dúvida, há motivos para elogios numa mente que possui sabedoria. Mas, sinceramente, de que vale um amontoado de conhecimentos quando não possuem outra finalidade além de sobrecarregar a cabeça que poderia ocupar-se com estudos práticos e objetivos? Já dizia um autor: “O que conta não é aquilo que você sabe e sim o que você faz com aquilo que sabe”.

Quando lemos ou passamos as vistas sobre os assuntos variados de uma enciclopédia, por exemplo, estamos adquirindo conhecimentos gerais, o que é muito bom. Com este hábito, quem sabe, venhamos a descobrir uma vocação que se encontrava oculta e com isso abrir as portas do sucesso através de uma nova profissão ou de um novo estudo? Neste ponto só teremos a ganhar. Mesmo que não alteremos o rumo de nosso destino, poderemos nos interessar por um ou outro personagem que tenha relação com o que fazemos e através de suas ideias e pontos da vista implantarmos novos rumos em nosso trabalho, o que poderá contribuir enormemente para deslancharmos na carreira.

Chamamos de estudo morto aquilo que não tem aplicação prática na sociedade. Todos concordam que grande parte daquilo que aprendemos na escola não chegaremos a utilizar em nosso dia a dia mesmo que vivamos duzentos anos. Embora muitos não saibam, tudo o que aprendemos na escola tem sua razão de ser. Pode parecer um paradoxo, mas é a pura realidade. A criança que vai às aulas tem como objetivo, embora inconsciente, desenvolver a própria inteligência a fim de preparar-se para o competitivo mercado de trabalho. O que ela estuda ou deixa de estudar nas fases não preparatórias deixa de ter importância se encarado por este prisma. É a partir da entrada do recém-formado na sociedade mercantilizada que ele precisará adquirir os conhecimentos práticos necessários a sua atividade; neste sentido, é aí que vão iniciar-se verdadeiramente os seus estudos. Isto nos dá o que pensar.

E se pensarmos, acabaremos por compreender que inteligência desenvolvida ou aquisição de conhecimentos não significam necessariamente sucesso na vida a não ser que você saiba o que fazer com eles. A prova do que digo é o número imenso de universitários trabalhando em profissões bem inferiores as suas capacidades, quando não se encontram desempregados, sem saberem o que fazer, totalmente desiludidos. Se abrirem os olhos; perceberão que a vida é um celeiro de oportunidades, que não precisarão retornar aos bancos das universidades, se não quiserem; poderão recomeçar mesmo de onde pararam, porém de uma forma diferente, mais produtiva, mais feliz e muito mais rentável. Se quiserem saber, continuem até o fim a leitura.

Na verdade, qualquer pessoa, tenha ou não estudos, pode conseguir muito mais da vida e manter o que conseguiu se seguir algumas diretrizes que conduzem ao sucesso. Não existem fórmulas mágicas nem tampouco substituto para o trabalho. O que há são formas certas e erradas de se fazer as coisas e de se colher os resultados das próprias ações.

Ao constatarmos as grandes realizações da humanidade juntadas às pequenas e médias contribuições dentro dos mais variados campos que tornam mais prático e confortável o nosso viver, muitas vezes nos admiramos com tamanha capacidade e nos perguntamos como é possível haver dentro de um cérebro tamanho poder de inteligência como no desses privilegiados e nos sentimos pequenos e insignificantes; achamos que são especiais, que nasceram com um dom divino, são gênios ou algo parecido.

Gostaríamos de imitá-los e muitas das vezes tentamos, mas acabamos frustrados após os primeiros passos. É evidente que possuímos também nossas realizações e atos louváveis que nos trazem elogios e alegram nossa alma e nessas horas sentimo-nos grandes como aqueles personagens. Mas, tão logo passam as ondas daquele entusiasmo, morre em nós o espírito da continuidade e caímos em nossa rotina comum.

Para começar, não somos em nada diferentes daqueles seres humanos; possuímos, como eles, dons, capacidades e espírito de gênios. Você é gênio e eu sou gênio. Eles simplesmente se distanciaram da maioria, porque levaram adiante o seu projeto, não desistiram no meio do caminho e nem aceitaram a derrota. Não pense que não tiveram decepções, que não desanimaram, chegando às portas da desistência; só que não desistiram. Algo dentro deles falou mais alto que o desânimo e eles venceram. Vamos, então, em busca desse algo. Tentemos descobrir o que há dentro de tais mentes que chamamos de privilegiadas.

 
Professor Edgard Santos
Enviado por Professor Edgard Santos em 07/01/2012
Reeditado em 07/01/2012
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