O Virtual – Mudança de estado
A escrita parece estar mudando substancialmente entre o homem tecnológico do século passado e atual, e o homem virtual, do futuro.
Analisando uma carta de 1930, por exemplo, e um bate papo de 2010 no MSN, percebemos nesta comunicação a inserção de símbolos gráficos como se fossem hierógrifos… A escrita resumida e suscinta tenta dar suporte a velocidade e urgência da comunicação do homem virtual. Ela, a escrita, ainda resiste bravamente tentando suportar a velocidade inalcancável deste ser virtual.
A leitura extensiva dos livros volumosos das décadas atrás talvez sobreviva como uma expressão artística da leitura, e náo mais como uma fonte necessária de conhecimento e cultura. O homem virtual expressa-se, por enquanto e ainda no século XXI, quase virtualmente, mas logo estará expressando-se plenamente na virtualidade, que sempre esteve presente e é característica do homem natural….
A mente do homem virtual em 2012 clama por tecnologia que permita-lhe expremir-se com desenvoltura, mas ainda se vale da tecnologia incipiente nascida no século passada e aprimorada no século XXI.
A conexão com a WEB hoje ainda é um ritual, ou seja, a conexão estabelece a fronteira entre dois estados, o desconectado e o conectado, que se dá por meio de alguma geringonça tecnológica chamada de modem, por exemplo. No entanto, a exigência mental deste homem busca um estado permanente de conexão, quando náo haverá mais a fronteira entre estes dois estados, o desconectado e o conectado.
Apesar do caráter inovador deste situação, o estado permanente de conexão é apenas um encontro da tecnologia com o que seria o estado natural do homem desde sempre. Este, quando em gozo de sua saúde mental perfeita, está sempre conectado mentalmente com alguma situação subjetiva construindo continuamente imagens e realidades mentais. Ele urge por incluir nesta que seria uma paradoxial subjetividade compartilhada a interação real com outras ˜subjetividades”… Estaremos, então, entrando em um mundo virtual.. mais isto seria apenas o início de uma virtualidade plena.