Classe Hospitalar

Ninguém tem dúvidas que toda criança precisa freqüentar uma Escola. Nesse objetivo têm surgido amplos esforços por parte de diferentes políticas públicas para garantir esse direito tão importante, permitindo, por exemplo, o aumento do número de vagas oferecidas de modo a facilitar o acesso e a redução da evasão escolar.

Pouca gente sabe, mas uma questão que preocupa bastante é o afastamento de dezenas alunos das escolas locais por questões de saúde. Rotineiramente centenas de crianças e adolescentes deixam de freqüentar as salas de aula por motivos de saúde, estando muitas vezes hospitalizadas por longos períodos.

A Legislação brasileira diz que os hospitais devem oferecer às crianças e aos adolescentes um atendimento educacional de qualidade, que permita o desenvolvimento intelectual e pedagógico, bem como o acompanhamento do currículo escolar.

Para atender esse direito é que surgiu a “Classe Hospitalar”, que nada mais é do que uma extensão da escola ao ambiente hospitalar. Assim, em termos práticos a “Classe Hospitalar” funciona como uma sala de aula adaptada ao ambiente hospitalar para atender crianças e adolescentes em internação temporária ou permanente, garantindo o vinculo com a escola e/ou favorecendo o seu ingresso ou retorno ao seu grupo escolar correspondente.

A “Classe Hospitalar” visa entender as dificuldades dos pacientes e proporcionar a eles a realização do processo educativo, levando atividades diversificadas de escrita, leitura, matemática e jogos para garantir o desenvolvimento intelectual e acompanhamento escolar. Ela deve ser administrada por uma equipe multidisciplinar formada por profissionais de educação e saúde (enfermeiro, assistente social, psicólogo etc.), viabilizando a interação entre tratamento hospitalar e o processo escolar.

Por se tratar de uma sala de aula, é claro que há necessidade de verificação do desempenho dos alunos por meio de avaliação regular dentro de um contexto pedagógico (exercícios práticos e teóricos, provas etc.). Assim, durante o período de internamento, o professor deve registrar as informações de cada aluno em uma ficha de tutoria. Após a alta hospitalar, o educador escreve um parecer, que é enviado à escola junto com as atividades desenvolvidas pelo aluno durante sua internação no hospital. Esse procedimento dá subsídios a Escola no processo de readaptação da criança ou adolescente a rotina escolar.

Vale destacar que a “Classe Hospitalar” se complementa com a “Brinquedoteca Hospitalar”, que é outro ambiente adaptado para oferecer uma variada gama de atividades de cunho pedagógico e instrucional (como jogos, dança, teatro e música).

Felizmente esse direito de acesso a formação educacional em ambiente hospitalar está se tornando realidade em muitas localidades. É gratificante saber que diversos hospitais têm ampliado sua estrutura pediátrica com implantação de “Classes Hospitalares” para dar condições adequadas para atender essa exigência legal tornando o ambiente hospitalar mais acolhedor, alegre, amoroso e educativo.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Ilha de Marajó – PA, Dezembro de 2011.

Giovanni Salera Júnior

E-mail: salerajunior@yahoo.com.br

Curriculum Vitae: http://lattes.cnpq.br/9410800331827187

Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior

Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 31/12/2011
Código do texto: T3415561
Classificação de conteúdo: seguro