Da Natureza de deus

Com este texto busco refletir as seguintes questões sobre “Deus”: o que “Ele” é, do que “Ele” é feito e onde “Ele” está. Primeiramente vamos considerar Universo como o conjunto de tudo quanto existe, pois é a definição mais ampla e consistente. Se “Deus” existe, logo ele está incluído no Universo. Ou seja, “Deus” é imanente. Se o Universo não for o conjunto de tudo que existe, e sim um conjunto limitado de coisas localizadas em alguma região da existência - o que é uma limitação absurda e sem valor do conceito amplo de Universo - “Deus” pode ser transcendente materialmente, ou seja, externo a nossa existência material, porém, não se escapa de uma existência ideal. A contradição nesta abordagem de Universo é que as idéias, por existirem também pertencem ao Universo, logo “Deus” também pertenceria, o que faz ele ser imanente e transcendente ao mesmo tempo. Absurdo lógico.

Chegando a conclusão de que “Deus” é, por consistência, imanente, vamos às três questões.

O que é “Deus”?

Esta é uma questão puramente conceitual. Dependendo do que seja, ele pode existir ou não. Dependerá se do que ele é definido existe de fato em nossas vidas, concreta ou abstratamente.

Do que “Ele” é feito?

Se o conceito de “Deus” for concreto, ele deverá ser feito de alguma substância, e esta poderá ser identificada na natureza direta ou indiretamente. Do contrário esta substância será algo hipotético ou imaginário, fazendo de “Deus” algo hipotético e imaginário também.

Onde “Ele” está?

Possuindo uma substância, esta deverá necessariamente possuir uma localização no espaço, podendo também ser localizada de forma direta ou indireta.

Até agora falamos de um “Deus” concreto, pois o que é concreto possui substância e localização, mesmo sendo espiritual, pois a “matéria” espiritual, se existir, também é concreta. Do contrário, não podendo “Deus” ser identificado e localizado, ele, assim como os espíritos, seria pura idéia.

Até hoje ninguém conseguiu localizar e substanciar “Deus”, de uma forma que não fosse somente composta por hipóteses. Até a Teoria do Big Bang, que é a maior hipótese lançada pela Ciência, possui suas evidências objetivas. Já as evidências sobre a existência de “Deus” são baseadas puramente em experiências pessoais. Estas duas coisas fortalecem a “crença” de que “Deus” possua uma NATUREZA IDEAL. Porém, existe uma saída. Há um caminho que faz “Deus” ser conceituado de forma concreta, substanciado e localizado. Neste caminho, “Deus” “sabe” tudo, “Deus” pode tudo, “Deus” está em todos os lugares. A solução é matematicamente simples

DEUS = UNIVERSO

Isto não contradiz nossa premissa de que “Deus” seja imanente. Só modifica o conceito de que “Deus” seja um Elemento, o fazendo ser um Conjunto. Este Conjunto está contido no Universo (imanente) e o Universo está contido Nele, resultando na mais simples fórmula acima. Então a falha do ser humano é tentar personalizar “Deus”, o que faz dele um conceito elementar, falso, que não corresponde à realidade objetiva e sim à realidade subjetiva, assim como é a realidade para um louco. Esta personalização cria um amigo imaginário. Um fruto da mente que foge das leis da Natureza. Reduzindo o todo a um elemento ideal e pessoal.

Resumindo, o “Deus” elementar, se pertencer ao Universo, deve poder ser substanciado e localizado no espaço-tempo, do contrário ele é a pura idéia de onisciência, onipotência e onipresença. O “Deus” universal é, por natureza e definição, onisciente, onipotente e onipresente, além de poder ser substanciado e localizado no espaço-tempo. Ele está em tudo e tudo está Nele. É a junção do ideal com o real. É verdadeiro. É Tudo.

ToWo
Enviado por ToWo em 13/12/2011
Reeditado em 13/12/2011
Código do texto: T3385979
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