AFETIVIDADE E EDUCAÇÃO: PRINCÍPIOS NORTEADORES
A afetividade está atrelada à vida do sujeito ainda no ventre materno. Os laços afetivos podem ser percebidos quando a mãe acaricia o ventre e conversa com o bebê. Após o nascimento essa relação afetiva se intensifica não só pela linguagem verbal, mas também por gestos, olhares. Para Ferreira (1984, p. 44), é o “conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza”.
Dessa forma, para um desenvolvimento psicologicamente saudável da criança, os pais devem compreender que amar não é sinônimo de fazer todas as vontades do filho. Dar amor é estabelecer limites e regras. Uma forma de se conseguir isso é pelo exemplo, ou seja, a criança tem nos pais o modelo de comportamento.
Pais que se amam e se respeitam tornam o lar um local de aconchego e segurança. A criança nascida de uma família que tem no amor a base estrutural apresenta maiores chances de crescer segura, amada. Consequentemente, tornar-se-á um adulto ativo e crítico. Conforme Arantes (2003, p.23), “nesse sentido o longo aprendizado sobre emoções e afetos se inicia nas primeiras horas de vida de uma criança e se prolonga por toda a sua existência”.
É por isso que Augusto Cury sabiamente diz que “Educar é ser um artesão da personalidade, um poeta da inteligência, um semeador de idéias” (CURY, 2003b, p.55). Compreende-se, portanto, que a afetividade e educação formam um elo indissociável. Rossini (2004, p.10), afirma que “afetividade domina a atividade pessoal na esfera instintiva, nas percepções, na memória, no pensamento, na vontade, nas ações, na sensibilidade corporal – é componente do equilíbrio e da harmonia da personalidade”.
Espera-se que este texto sirva de reflexão, e que possa inspirar quem o lê a novas leituras sobre o tema: afetividade e educação.
REFERÊNCIAS
ARANTES, Valéria Amorim (Org.). Afetividade na Escola: Alternativas Teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 2003.
CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003b.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia afetiva. 5 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.