DOS DIAS QUE A VIDA NOS OFERECE

Já houveram dias em que

A escuridão era a mim servida

Como um prato frio.

Somente dela eu me alimentava,

De suas sombras retirava a vida,

Da penumbra vinha a energia

Para a minha rala, parca existência.

Já houveram dias em que a solidão

Era a única única flor que sobrevivia

Naquele devastado jardim sobre o meu peito.

De seu perfume somente eu me inebriava,

Sob o seu silêncio eu dormitava,

Após a erma rotina de exaustão

Mas eis que um dia degustei uma

pequena porção de luz esquecida,

N´algum canto daquela vida,

E seu sabor sobremodo iluminou-me,

Suas cores invadiram-me as narinas,

E deixaram-me com a fome mesma

Que as estrelas têm de brilhar.

Luz, agora farta-me de aurora!

Transborda-me de manhã bonita,

Sacia-me com mil verões!

Até que eu morra,

Ensolarada.

Tayy
Enviado por Tayy em 06/12/2011
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