Peçamos sonhos e poesia

Nossa vida é cheia de altos e baixos, somos a todo instante suscetíveis ao erro, e errar, geralmente, é arquitetar frustrações, é fazer com que sintamos que somos pequenos perante o mundo, é refletir nossas fraquezas e demonstrar nossos limites.

Nossas atitudes conotam o nosso ser, mesmo que muitas vezes elas não sejam o que deveras sentimos, essa aptidão a divergências é o que constitui o nosso “eu”, contudo, se nós temos o livre arbítrio de escolher nossas manifestações, Por quê erramos?

O erro é apenas mais uma manifestação de nosso sistema imunológico, como um “feedback” para a nossa auto-análise, é a maneira mais sofisticada de promover a nossa maturidade, de sabermos que o mundo não é tão pequeno quanto nossos primitivos olhos.

A partir de nossa auto-análise, percebemos que podemos melhorar, aprendemos que há opções a seguir, que somos maiores que nosso problemas, é conhecer a liberdade, e também o custo dela, de forma que vencer as dificuldades é estarmos aptos para aceitar nós mesmos, mostrando que o erro é precioso, para conseguirmos acertar.

Contudo, em meio a este cenário, um tanto conturbado, que é a adolescência, somos suscetíveis a seguir, geralmente, imposições: o vestibular, a obediência, as melhores notas, etc..., não que isso seja indispensável, pelo contrário, é de suma importância para o progresso de nossa pátria, entretanto, quase sempre, esses ideais são elevados ao extremo, e por isso somos impostos a competitividade predatória, a estereótipos, que quase sempre promove a nossa alienação, reprimem as manifestações dos, nossos, pensamentos e, nossos, ideais. Dessa forma, há um déficit da sinergia jovem, em prol de um desenvolvimento mais sustentável e igualitário.

O homem moderno, munido de superioridade a outras taxonomias, não se conformou com o Homo sapiens, o homem que pensa, e aderiu a Homo sapiens sapiens, para conotar que tem a consciência de que raciocina, acontece que, infelizmente, apropriarmos dessa “sapiência”, nos tornou cegos, voluntariamente. Fechamos os olhos para não ver o que acontece no mundo, e, para promover um mais justo, onde se há a liberdade de se viver respeito e a favor da sustentabilidade, devemos aprender com os nossos erros, todos os que já cometemos e que ainda estão em curso, que devemos nos despir de nossos conceitos individualistas, de padrões que dão por prioridade a valorização da proeminência singular, de maneira que o sucesso coletivo é sinônimo de paz, conseqüentemente, de uma vida melhor.

Para passarmos a pensar em coletividade, em uma sociedade capitalista, devemos acreditar que, poderemos chegar mais rápidos sozinhos, mas que quando juntos, alcançaremos objetivos maiores, e que, como disse Roberto Shinyashiki, Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.

Devemos sonhar mais, nos apropriar de objetivos, de ideais, e lutar por eles, esse é a verdadeira receita para aprendermos a cuidar de nossas vidas, de torná-las especiais, de movermos um mundo. Na verdade, essa é a grande diferença da nossa geração atual, em relação às anteriores. Antes, estávamos juntos em busca das “Diretas Já”, lutávamos por algo, indiferente de nossas classes sociais. Antes, também sonhávamos pela igualdade de gênero, pelo o fim da Segunda Grande Guerra. Enfim, não apenas sonhamos, como conseguimos e o mundo caminhou, porém, infelizmente, hoje nos deixamos levar pelo comodismo, permanecemos, por isso, inertes e dispersos.

Precisamos de poesias, precisamos de sonhos e precisamos de arte, para nos apresentar um mundo bom, logo, despertaremos nossas perspectivas, e mudaremos não só a nossa realidade, mas a de todos, enquanto não vierem os tão sonhados heróis, fiquemos com esses nossos anseios, que o desejo pelo objetivo mostrará os meios.

Denner Sampaio
Enviado por Denner Sampaio em 07/11/2011
Reeditado em 17/11/2012
Código do texto: T3322174
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