O niilista *
Capítulo I - Sem expor minha ferida
Aqui vai mais um relato: melancólico, nostálgico e niilista.
Há uma dor que me rasga o peito sem expor minha ferida. É algo forte e lento que corrói, que se desfaz e volta; não há nada pior, mas talvez somente assim a cura virá, se é que há!
Meus pensamentos são como pancadas que deixam zonzo, quase sem sentido, posso dizer, alienado; é como se olhasse e não notasse os movimentos, tudo parece inerte. Principalmente o corpo, ele insiste em querer fraquejar, não acha motivo para mover-se, porque o cérebro não quer pensar positivo, não quer esquecer os acontecimentos negativos.
E a saudade aperta, ela faz relembrar, o tempo passa.
E os dias são lentos...
No fim, uma semana se passa e onde você está?
Capítulo II - Lutar já é uma luta!
Encontrar motivo para lutar já é uma luta.
“Tentar de novo”, um clichê.
Levantar, sacudir a poeira e seguir parece fácil, mas não é, apenas frase feita de alguém que nunca amou.
O amor é improvável, é indecifrável, impossível de ser interpretado.
A essência do amor não tem receita e nunca terá, assim me calo.
Penso em você e paro de escrever por hoje.
Capítulo III – A tristeza de ser certo
Libertei de mim meus pensamentos mais insanos. Talvez fossem os mais sinceros, os mais autênticos, mas neste mundo isso não vale nada!
É como querer fugir e ficar somente porque é seguro.
A segurança traz consigo a tristeza de ser certo, exato.
Pode parecer exagero, mas o ser humano é um animal insaciável, quer sempre algo novo.
Só a liberdade pode acalmar sua alma, talvez algo além disto: o amor verdadeiro.
O ser humano quer sempre mais, mas pode ser acalmado com a liberdade e o amor.
Mas o amor é insaciável. Paradoxo!
Outra vez calo-me e o silêncio me dá o indulto.
Capítulo IV - Não tem explicação
Existem coisas que não tem explicação, apenas acontecem...
Capítulo V - A verdade vence a ignorância
A verdade vence a ignorância!
Verdade ou mentira!?
Não sei o que ambas são.
Realmente elas apenas estão provocando sentimentos. Não querem ser tão drásticas.
A verdade desvela a mentira e a mentira revela a verdade.
Óbvio.
Capítulo VI - O tempo passa...
O que seria pior: envelhecer ou ser velho sendo jovem?
A cada dia olhar para frente, fazer escolhas, não se arrepender do caminho escolhido.
Como saber para onde ir?
A resposta talvez esteja em seguir nossos instintos e o nosso coração.
E assim tentar viver em paz.
Capítulo final - A despedida nem sempre é o ponto final
Perguntas cruciais:
Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?
Vários questionamentos!
E uma só certeza:
O sofrimento faz parte do amor, assim como o amor não viverá sem sofrimento.
Espero um dia encontrar a resposta de sua partida.
Eu niilista que sou.
* O niilismo (ou nihilismo), do latim nihil (nada), é uma corrente filosófica que, em princípio, concebe a existência humana como desprovida de qualquer sentido.