Ela chegou mansamente e nada falou.
Inseguro perguntei por que viera se não me queria ?
Fitou meus olhos,
os seus ficaram marejados.
Quis mas não pode responder,
sua voz embargou.
Olhou-me mais uma vez,
Virou-se e caminhou lentamente
sem mais volver-me o olhar.
Ali parado observava cada passo dado,
que a afastava de mim,
pressentindo a solidão, que a cada um de nós a vida reservara
Nunca mais nos encontramos !
Vivo a solidão que pressenti.
Crendo, como forma de me aplacar a dor,
que não sou somente eu quem assim vive.
Mas ainda é tempo de espera !
Sempre será tempo de espera !