A emancipação da mulher: aborto, e propriedade do próprio corpo.
A emancipação da mulher nos últimos tempos é instituída em novos valores, onde a mulher outrora educada para ser mãe e esposa dedicada e submissa, propriedade do cônjuge, gradualmente é superada, a mulher agora, protagoniza na sociedade em par de igualdade com os homens em alguns e ou vários setores, até então dominado pelos homens, enquanto luta pela conquista de novos espaços.
A mulher da contemporaneidade é bem mais livre, independente e também detentora de seu corpo, de seus desejos, e de maior liberdade sexual e social, características estas que configuram a nova mulher deste milênio.
A partir dessa nova realidade, se concebe que a maternidade deixara de ser uma questão de máxima realização pessoal para ser mais uma opção, de preferência reconhecida pelo estado e pela sociedade.
A não legalização do aborto por exemplo, uma dessas lutas feministas, corrobora para altos índices de mortalidade de mães jovens, adolescentes e adultas de preferência pobres e de baixa qualificação instrucional, desassistidas pelo sistema de saúde pública, negando a estas mais um direito inalienável.
Precisamos estar atentos para a percepção de que a sociedade contemporânea é a sociedade da transição entre outras coisas de valores pautados na moral cristã caminha para a configuração de uma nova ordem moral capaz de acompanhar tais anseios e legitimar demandas sociais por políticas cada vez mais inclusivas.
Portanto não se justifica mais que mulheres em todo o país sejam relegadas a própria sorte, uma vez que o estado tem como prerrogativa o bem estar social de todos/as e deve garantir o acesso a todos/as aos serviços essenciais, sejam eles de: educação, segurança, assistência previdenciária, psicológica, neo-natal, independente de crenças, valores, convicções de determinados grupos.