Movimento feminista: - queremos a posse do nosso corpo?!
O movimento feminista quer e reivindica a todo custo a posse do corpo. A luta é legitima e justificada, porém é preciso maior profundidade na discussão e responsabilidade ao difundir esta idéia entre nossas crianças e adolescentes. (lembrando que não tenho filhas mas, tenho filhos).
O que temos visto são adolescentes que depois de alguns minutos em palestras e conferências saem por toda parte a reproduzirem o jargão quase de maneira mecânica e irrefletida: - queremos o direito sobre nossos corpos! E quase inconscientemente proferem, sem a menor capacidade de análise crítica onde ainda não conseguem sequer, tecer uma única frase, uma pequena oração ou mesmo construir um argumento coerente capaz de justificar seu enunciado.
Na fase adolescente, repleta e cheia de desejos mesclados a incertezas, colocar para estes lindos seres em desenvolvimento,uma idéia ainda em fase de amadurecimento, em discussão, em estudo, onde muito ainda há de se percorrer, penso que não é a atitude mais sensata, diante de uma realidade dura e cruel em nosso pais onde nossos jovens e adolescentes e crianças sofrem de doenças sociais como o abandono, a exclusão, a gravidez precoce, os altos índices de doenças sexualmente transmissíveis e da falta de assistência de saúde pública até mesmo para casos mais simples.
Não estou aqui defendendo valores religiosos e muito menos a intervenção do estado sobre decisões que se dizem respeito ao cidadão/ã em sua individualidade. Entendo que nem estes nem a igreja devem interferir nos destinos do corpo de ninguém. Mas é preciso repensar a partir de uma nova ética fundada em novos valores e princípios, condizentes com os entendimentos mais modernos de justiça e direitos humanos, para que o debate possa esclarecer que: ter direito sobre vossos corpos não pode significar ter direito a qualquer tipo de prática que possa inclusive ferir seu próprio corpo, sua identidade, sua personalidade, sua integridade física e moral.